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Uma década perdida? Dicas para investir

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O que diz um especialista sobre o período entre 1999 a 2009

Nos últimos dez anos, vivemos duas importantes crises e uma fase de auge económico. Terá o período de 1999 a 2009 uma década perdida para os investidores? O director-geral da Atlas Capital responde e dá dicas.

Começámos com a crise tecnológica, que durou desde o ano 2000 até começos de 2003, ao que se seguiu uma etapa de forte crescimento económico, com reflexos nos mercados e que durou até meados de 2007. Foi aqui que surgiu a crise financeira que se alastrou posteriormente à economia real e que nos deixou numa das piores crises dos últimos 50 anos.

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Do ponto de vista do investimento financeiro, verifica-se que não se cumpriram ditados como «a bolsa a longo prazo é sempre rentável». A maioria dos índices bolsistas está hoje abaixo dos níveis alcançados há dez anos, salienta Guillermo Aranda, citado pelo «Invertia».

Esta situação anómala ocorreu outras vezes na história recente e coincidiu precisamente com as duas maiores crises: nos anos 70 com a crise do petróleo e nos anos 20 com a Grande Depressão. A lição a tirar é que devemos investir quando isto acontece já que, nas décadas seguintes às referidas crises, as rentabilidades têm sido francamente boas. Isto quer dizer que devemos aumentar a exposição à renda variável quando os mercados estão baratos e reduzi-la quando estão caros.

Que lições podemos tirar?

O medo é, em muitos casos, o nosso pior inimigo na altura de investir ou desinvestir. Um exemplo é o que aconteceu no último ano, em que as maiores saídas de dinheiro de fundos de renda variável nos EUA se realizaram em Outubro de 2008 coincidindo quase com os mínimos do mercado. Desde então, as entradas de dinheiro não têm sido, nem muito menos, nem da mesma intensidade e os índices estão, como não, acima desses níveis, ou seja, a maioria dos investidores que venderam nos mínimos apesar de não terem voltado a comprar.

Outra lição a tirar é que a diversidade em diferentes activos uma vez que, historicamente, o comportamento dos mesmos tem mudado significativamente de um ano para o outro. Por exemplo, em 2008, as acções dos mercados emergentes registaram o pior comportamento (caíram 53,2%) e este ano são as mais bem comportadas (cresceram 58,2%). O contrário acontece com os activos monetários que no ano passado foi dos activos com melhor performance e em 2009 um dos mais penalizados. Esta situação - em que o pior activo de um ano é o melhor no ano seguinte - repetiu-se inúmeras vezes na história e sobretudo com activos de risco.

O que podemos ter certeza, sem medo de nos enganarmos, é que a próxima década será para os mercados bolsistas melhor do que o que deixámos para trás, conclui Aranda.

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