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Ulrich diz que autoridades de supervisão «actuaram tarde»

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(Notícia actualizada)

O presidente do BPI, Fernando Ulrich, disse esta quarta-feira que as autoridades de supervisão (Banco de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) «actuaram tarde» em relação às investigações que estão a decorrer no BCP.

Para o responsável, as acusações da CMVM são «muito graves» e, caso tenham algum sentido, ou seja, se o BCP criou «off-shores» para financiar a aquisição de acções próprias «então nesse período fez concorrência desleal e batota, não só prejudicou os accionistas como também prejudicou a concorrência», refere em conferência de imprensa.

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O presidente da instituição financeira lamenta, no entanto, «que as autoridades não tenham feito o trabalho de casa com toda a profundidade», recordando que o próprio BPI denunciou alegadas irregularidades no financiamento de acções próprias, em Outubro de 2006. «A CMVM e o Banco de Portugal não podem pactuar com isso, não investigaram como deve ser na altura, porque se isso acontecesse teriam chegado às mesmas conclusões que chegaram agora».

«Espero que aprendam com esta situação e que este tipo de coisas não se repita. Errar pode acontecer-nos a todos mas repetir o erro não é desculpável», afastando, no entanto, a hipótese de querer afastar Vítor Constâncio ou Carlos Tavares dos seus cargos. «Não defendo uma política de bota-abaixo».

Fernando Ulrich salientou ainda que «foi alguém de dentro do banco que denunciou estas situações» e que foram essas pessoas (as mesmas que entregaram os documentos ao maior accionista privado do BCP, Joe Berardo) «que estiveram mal, porque conheciam a situação há anos e deviam ter seguido a via correcta para tratar dessas acusações».

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