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Centros comerciais prejudicam marcas de luxo

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Raras ruas para explorar sector, como Avenida da Liberdade, carecem de apoio

A grande concentração de centros comerciais nas principais cidades é uma característica portuguesa que prejudica a proliferação de marcas de luxo.

O diagnóstico é do presidente do Grupo Brodheim, que representa marcas de prestígio na área da moda, acessórios e óptica, e revela as consequências que a tendência assume no planeamento urbano nacional, face à restante Europa: «As nossas ruas são das mais desertificadas e não criam artérias que permitam enraizar marcas de luxo», disse Ronald Brodheim na conferência «Negócios de Luxo», que o «Diário Económico» promoveu esta quarta-feira.

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Entre as raras ruas nobres de Lisboa, Ronald Brodheim destacou a Avenida da Liberdade, mas acusou os poderes públicos de nada fazerem para dignificar a zona: «Não se interessam pelo tema, o que é uma pena porque criaria emprego e prestígio para a cidade», sublinhou.

«À noite, (a Avenida da Liberdade) é mais perigosa do que ir ao Cais do Sodré e faltam atracções», acrescentou Ronald Brodheim.

O empresário lembrou igualmente que uma loja de luxo com 100 metros quadrados na Avenida da Liberdade implica uma estrutura de custos de 470 mil euros.

O que faz uma marca de luxo

De acordo com o presidente do Grupo Brodheim, a abrangência é sinal de sobrevivência para as marcas de luxo em Portugal: «Nichos em Portugal não funcionam», sintetizou o responsável.

Já segundo a presidente da Loja das Meias, Manuela Costa Saldanha, presente no mesmo encontro, «o luxo hoje é mais emocional» e, além da qualidade de um produto, o que faz uma marca de luxo é a forma como se trabalha a sua identidade, a capacidade dos recursos humanos, o marketing e o espaço em que opera.

«Quanto mais valiosa for uma marca, maior é o gap entre o custo de produção de um produto e o valor que as pessoas estão dispostas a pagar por ele», disse ainda na mesma conferência o CEO da Lágrimas Hotels&Emotions, Miguel Alarcão Júdice.

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