O movimento, que reúne o Automóvel Clube de Portugal (ACP), despachantes, comerciantes de carros, centros de inspecção, oficinas e companhias de seguros, alerta que o aumento do imposto, previsto no orçamento suplementar, ronda os 50 por cento no caso dos carros usados.
O porta-voz do Movimento disse que o agravamento do preço do ISV está a paralisar o negócio de importação de automóveis usados e, consequentemente, a fazer diminuir as receitas para o Estado, avança a «TSF».
PUB
«Há uma total perda de receitas das alfândegas de norte a sul do país, o que representa uma gestão danosa para o Estado», disse.
Saiba quanto vai pagar a mais pelo seu carro
João Correia alertou ainda para a existência daquilo que diz ser um «tratamento discriminatório» na aplicação do imposto entre viaturas novas e usadas, destacando que o valor cobrado às viaturas usadas é consideravelmente maior.
O porta-voz do movimento avisou também que o aumento do ISV em 2009 implica um impacto social e económico «muito grave», pondo, por exemplo, em causa cerca de «32 mil postos de trabalho».
«Se isto continuar nos mesmos moldes vamos ter grandes problemas económicos e sociais no nosso país», disse, adiantando, que o Estado também vai perder «300 milhões de euros» de impostos.
Questionado sobre a possibilidade do sector, em vez de vender carros importados, apostar na comercialização de veículos usados que existem em Portugal, João Correia argumentou que o mercado deixaria rapidamente de ter stock.
O movimento contra o aumento do ISV em 2009 vai reunir-se, terça-feira na Assembleia da República, com os grupos parlamentares do PS e do PSD.
PUB