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Mercado de habitação está parado

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O mercado imobiliário português está parado. Há casas novas que demoram mais de um ano a vender e casas usadas mais caras do que a média das casas novas.

Já os preços mantêm-se estáveis há cerca de quatro anos. Tal como, aliás, o número de imóveis vendidos anualmente, inalterado desde 2001. Quanto ao investimento na construção de apartamentos, representa actualmente 44% do sector da construção, quando, em 2001, representava 52%, mas ainda assim há casas a mais para a procura, avança o «Diário Económico».

A disfunção do mercado imobiliário é evidente. Como acontece em alturas de crise, as casas de luxo, dirigidas a uma classe média-alta, são as que se vendem mais depressa (apesar dos preços), enquanto os apartamentos que têm por alvo a classe média, que representa a maioria da população portuguesa, permancem sem comprador. «Há casas novas, em Massamá, mais baratas que casas usadas e que mesmo assim não se vendem», comenta Nuno Seabra, administrador da portuguesa Square Imobiliária. Uma situação que é também válida para zonas como o Cacém, Seixal, Laranjeiro, Queluz ou Amadora.

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Crédito mais apertado

E porquê? «Porque os bancos têm regras de crédito cada vez mais apertadas e apenas emprestam dinheiro a quem tem melhores rendimentos, para quem comprar casa nunca vai ser um problema», repara o mesmo responsável. Segundo Nuno Seabra este é um dos maiores impedimentos actuais à compra de casa, apesar de o crédito mal parado em Portugal ser inferior a 1%.

Ainda assim, de acordo com Manuel Alvarez, presidente executivo da Remax Portugal, há zonas onde os preços baixaram «ligeiramente», quando comparados com 2006. «Um T1 na linha de Cascais custava, em Janeiro de 2006, 2.100 euros por metro quadrado e em Janeiro de 2007 o preço tinha baixado para os 2.038 euros por metro quadrado», repara o responsável da Remax, mediadora americana e uma das maiores a actuar em Portugal. «Os imóveis em segunda mão é que são uma oportunidade», repara, acrescentando que há casas usadas praticamente novas à venda: verdadeiras oportunidades de negócio.

Preços em Lisboa e Algarve continuam a subir

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Apenas Lisboa e o Algarve fogem a estas tendências, com os preços a subir continuamente. Um T1 de 65 metros quadrados em Lisboa custava, no arranque de 2006, 2.300 euros o metro quadrado, e no início de 2007 tinha subido para 2.520 euros. Existem mesmo casas, no centro de Lisboa, por 7.000 euros o metro quadrado.

No Algarve, os preços vão continuar inflaccionados porque o principal mercado é a segunda habitação, direccionada para estrangeiros com maior poder de compra.

Perante estes dados, a possibilidade de existir uma bolha imobiliária em Portugal é escassa. Aliás, alguns agentes do sector acreditam que Portugal já teve uma bolha imobiliária, entre 1980 e 1990 e que esta rebentou no início na década corrente, quando as taxas de juro começaram a subir e a construção nova começou a exceder a procura, conclui o jornal.

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