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Patrões: «Governo pode fazer mais para travar desemprego»

Empresas estão a sentir crise «muito fortemente»

As confederações patronais CIP, CCP, CAP e CTP afirmaram esta terça-feira que o Governo pode fazer mais para travar o aumento do desemprego, afirmou o presidente da CAP, João Machado, no final de uma audiência com o primeiro-ministro.

«Para as confederações patronais, o Governo, em vésperas da Cimeira Europeia, pode sempre fazer mais. As medidas que estão a chegar ao terreno são importantes, mas não estão a travar o aumento do desemprego», afirmou João Machado, que falou em nome das confederações patronais que estiveram reunidas com José Sócrates na habitual audição aos parceiros sociais que antecede as Cimeiras Europeias.

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«É preciso mais do Governo, da União Europeia e de alguns países europeus, como a Alemanha, que poderiam estar a fazer mais e não estão», acrescentou.

A crise económica, juntamente com a energia e o ambiente, foram os três temas principais abordados na audição entre as confederações patronais e o primeiro-ministro.

João Machado afirmou que as empresas estão neste momento a sentir «muito fortemente» o impacto da crise.

Pede-se maior regulação

Nesse sentido, as confederações solicitaram ao primeiro-ministro uma atenção especial para a dificuldade de acesso ao crédito por parte das pequenas e médias empresas (PME) e para as elevadas taxas de juro praticadas, bem como para a necessidade de programas mais alargados de formação profissional, no sentido de se manterem os postos de trabalho.

Quanto às linhas de crédito que têm sido criadas pelo Governo, João Machado afirmou que elas se dirigem ao investimento mas que não resolvem os problemas de tesouraria das PME.

O presidente da CAP defendeu ainda que as confederações patronais aceitam maior fiscalização, no sentido de detectar eventuais irregularidades em despedimentos, não negando que existam alguns empresários menos escrupulosos que possam estar a aproveitar a situação de crise para despedir trabalhadores.

«Todos os parceiros querem fiscalização e, nesse sentido, uma maior regulação é bem-vinda. Todos os que não cumprirem as regras devem ser penalizados», concluiu.

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