O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller, considera que cerca de metade das empresas portuguesas (150 mil das 360 mil) sofrem de um «absurdo» extra de trabalho e burocracia, daí que três quartos destas considerem o sistema fiscal demasiado «complexo e ineficaz» no nosso país.
«A nossa constituição obriga a que se paguem impostos de acordo com os lucros. É essencial que se facilite a burocracia. Considero que mais de metade das empresas portuguesas deveriam ser abrangidas por uma legislação que simplificasse o seu trabalho», disse o mesmo responsável à Agência Financeira.
PUB
Esta é a reacção do presidente da CIP depois de terem sido divulgadas as conclusões do Observatório da Competitividade Fiscal, realizado pela Deloitte, e que aponta para uma desvantagem em operar em território português, devido à burocracia, que ensombra vantagens como a situação geográfica, o acesso ao mercado europeu e o clima.
O inquérito às 1.000 maiores empresas em Portugal além de críticas levanta também outras sugestões para melhorar o «status quo». A liderar a lista está uma maior estabilidade da lei fiscal e uma maior rapidez na prestação ao contribuinte de informação prévia vinculativa em relação às suas operações.
Para ajudar Portugal a captar e manter o investimento estrangeiro, os inquiridos não têm dúvidas de que o melhor a fazer é «dar incentivos financeiros e fiscais».
PUB