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Pequim quer duplicar investimento com países lusófonos até 2010

O governo chinês disse esta quarta-feira estar apostado em aprofundar as relações económicas com os países de língua portuguesa.

O responsável realça desta forma o objectivo de duplicar até 2010 o investimento entre a China e os países lusófonos.

Além do aumento do investimento, Shan Xingxuan, do Departamento dos Assuntos de Taiwan, Hong Kong e Macau do Ministério do Comércio (MOFCOM) chinês, garantiu também o empenho de Pequim em fazer crescer o comércio entre a China e os PLP para os 50 mil milhões de dólares (36,8 mil milhões de euros), aproveitando para isso a estrutura do Fórum de Cooperação Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum Macau.

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Em 2006, o comércio entre a China e os PLP atingiu os 34,08 mil milhões de dólares (25,08 mil milhões de euros), mais 46,9 por cento do que em 2005.

«As relações entre a China e os países de língua portuguesa desenvolveram-se muito rapidamente e esperamos aprofundá-las ainda mais no futuro no quadro do Fórum Macau», disse Shan Xingxuan.

Shan falava durante a cerimónia de abertura do «Colóquio para as Autoridades de Administração Económica dos Países de Língua Portuguesa», uma organização do MOFCOM e do Fórum Macau, que reúne em Pequim, até 17 de Setembro, 42 representantes das administrações económicas de todos os países de língua portuguesa à excepção de S. Tomé e Príncipe, que não tem relações diplomáticas com Pequim.

O embaixador de Portugal em Pequim, Rui Quartin Santos, salientou na abertura do encontro o interesse português em «assistir, no quadro do Fórum Macau, a projectos de cooperação trilaterais entre a China e os PLP, onde cada país possa contribuir com as suas mais-valias».

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O colóquio tem como objectivo dar a conhecer a economia chinesa e as políticas comerciais e económicas do país, com as delegações dos PLP a apostar na participação para promover a cooperação entre a China e os respectivos países.

Para Miguel Coelho, representante no colóquio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), «na parte que diz respeito a Portugal, para além da criação de uma rede de relações entre os participantes, será interessante ouvir o que há a dizer sobre a política de investimento da China no estrangeiro, porque o país começa a ter importância enquanto investidor mundial».

Dília Nascimento, do Ministério das Finanças de Angola, considerou que o colóquio «serve de ponto de partida para saber a que se propõem os países de língua portuguesa e a China» e para «colher o máximo possível de conhecimentos sobre a economia chinesa».

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