A Comissão Europeia autorizou esta quinta-feira empresa holandesa de trabalho temporário Randstad a comprar a sua concorrente Vedior, mas impôs como condição que a Randstad deixe o seu negócio em Portugal.
O executivo comunitário refere em comunicado que, com este requisito, o negócio não prejudicará significativamente a concorrência dentro do espaço económico europeu, avança a «Lusa».
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Tanto a Randstad como a também holandesa Vedior operam actualmente em vários Estados da União Europeia e outros mercados, como os Estados Unidos, Canadá e vários países asiáticos.
A Comissão Europeia considerou que a fusão de ambas as empresas poderia criar problemas para a concorrência no sector do trabalho temporário e recrutamento na Holanda, Bélgica e Portugal.
No entanto, a investigação ao mercado mostrou que tanto na Holanda como na Bélgica existe concorrência alternativa, após a operação de fusão, adianta a Comissão Europeia.
O mesmo não se passa em Portugal, onde o negócio uniria o líder de mercado (Vedior) a um dos seus principais concorrentes (Randstad), levando à criação de uma empresa claramente dominante.
Para remediar esta situação, a Randstad propôs a Bruxelas deixar todos os seus negócios em Portugal, uma alternativa que foi aceite pela Comissão Europeia.
A Randstad Holding chegou a acordo para comprar a Vedior NV por 3,5 mil milhões de euros em Dezembro, criando assim a segunda maior empresa mundial de recrutamento e trabalho temporário.
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A Randstad pretende com a compra da Vedior impulsionar a proporção das vendas no recrutamento de trabalhadores especializados.
Esta aquisição vai permitir à empresa com sede em Amesterdão vendas anuais na ordem dos 17,3 mil milhões de euros e ganhos operacionais de 883 milhões de euros.
Em conjunto, a Randstad e a Vedior empregam 700.000 trabalhadores diariamente e têm cerca de 33.000 trabalhadores por sua conta.
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