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Mais de metade das construtoras não prevê recorrer ao crédito

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Sector diz que necessidades de financiamento estão estáveis

São 68 por cento os empresários portugueses das PME-PMI do sector da Construção Civil e Obras Públicas (CC&OP) que não contam recorrer ao crédito de longo prazo. Para além disso, afirmam que as necessidades de financiamento estão estáveis, revela o Barómetro Eurofactor 2008.

Apenas 7% vão contrair empréstimos para financiar investimentos e 25% é provável que o façam. Contudo, 63% destas empresas deve recorrer a pelo menos um meio para financiamento de tesouraria, com 39% a usar os prazos de pagamentos a fornecedores, 26% o desconto comercial, 24% o descoberto e 21% o factoring.

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«A conjuntura financeira originou problemas de acesso ao financiamento a 85% das PME-PMI do sector da CC&OP. No entanto, 70% classifica o problema como pouco importante, sendo o acesso ao crédito, sem considerar as taxas de juros, categorizado, ainda assim, como bastante fácil», adianta a Eurofactor.

Dirigentes estão «relativamente» confiantes

Os quadros dirigentes mostram, contudo, alguma confiança no ambiente económico das empresas a curto prazo, com 74% relativamente confiantes, 2% muito confiantes e 25% pouco confiantes. Na realidade, 35% esperam vir a aumentar quota no mercado nacional, 2% no mercado europeu e 4% noutros mercados. No Barómetro do ano anterior, 53% estavam pouco confiantes e 37% relativamente confiantes.

Das inquiridas, 68% afirmam ter crédito incobrável em dívida, que representa até 1,2% do volume de negócios. Por outro lado, estas empresas demoram, em média, 106 dias a receber o pagamento das dívidas que contam cobrar, em comparação com os 99 dias do valor global apurado para Portugal, a CC&OP é o sector com o prazo mais alargado.

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«Em Portugal, 81% das empresas são penalizadas pelo crédito mal parado e normalmente, o processo de recuperação demora 50 dias a arrancar. No estudo verificámos que há preocupação em implementar processos especiais de recuperação de cobranças cada vez mais cedo», comenta director-geral da Eurofactor Portugal, Rui Esteves.

Apenas 39% prevê registar aumento do volume de negócios

Quanto ao volume de negócios, 56% prevê que se mantenha estável e 39% espera registar um aumento até ao final do ano. Apenas 5% acredita num decréscimo. Os valores traduzem o optimismo dos decisores, com a confiança no aumento do volume de negócios a subir 8 pontos percentuais em relação ao relatório anterior, que tinha registado 31%. Cresce, igualmente, o número de empresas que espera melhorar a rentabilidade: 58% está optimista, em contraposição com os 24% do inquérito do ano anterior.

No que diz respeito aos investimentos, 66% prevê realizar despesas que devem ser canalizadas para: crescimento (21%), modernização de equipamentos (7%) ou ambos (38%). Da percentagem de empresas que pretendem investir, 39% vão manter o valor de investimento de anos anteriores, 15% contam aumentar e 12% baixar. Marketing e publicidade (39%), material de transporte (34%) e máquinas e material de produção (28%) são as áreas prioritárias.

Diz ainda a Eurofactor que, as principais preocupações são a evolução do preço das matérias-primas (43%), aumento das taxas de juros a curto prazo (11%) e desenvolvimento da regulamentação laboral (10%). Os países emergentes podem ser uma ameaça à actividade, com a China a encabeçar a lista de preocupações (54%), seguida pelos países da Europa Central (32%), países que aderiram recentemente à União Europeia (22%) e Índia (12%). O maior potencial de oportunidade está nos países da América Latina (34%).

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