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Mais de metade das famílias portuguesas recorre ao crédito

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Agravamento do contexto é mencionado

Mais de metade das famílias portuguesas com problemas de sobreendividamento apontou as dificuldades financeiras como a principal razão para o recurso ao crédito, segundo um estudo do Observatório do Endividamento dos Consumidores (OEC) divulgado esta terça-feira, citado pela agência Lusa.

Baseada na análise de 2.120 pedidos de apoio chegados à Associação para a Defesa dos Consumidores-DECO-entre Janeiro de 2005 e Outubro de 2008, a investigação feita pelo OEC do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra revela que mais de metade (57,2 por cento) das pessoas que recorreram à DECO nestes anos apresentou como motivo principal do recurso ao crédito a existência de dificuldades financeiras.

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«Há um agravamento do contexto que estamos a atravessar. As famílias estão a sofrer os efeitos da crise global», diz a investigadora responsável pelo estudo sobre o perfil dos sobreendividados em Portugal, Catarina Frade.

De acordo com a responsável do OEC, esta tendência agravou-se a partir de 2007.

Este motivo para o recurso ao crédito «sugere um agravamento nas condições económico-financeiras das famílias nos últimos dois anos, dado que num estudo realizado em 2007 por Catarina Frade, considerando apenas os anos de 2005 e 2006, este era apenas a segunda razão para a contracção de crédito»-segundo uma nota divulgada pelo CES a propósito da investigação.

«As pessoas estão a ter dificuldades, que podem ser de gestão corrente, devido à perda do emprego ou ao aumento de despesas por qualquer motivo. É o orçamento que não estica», adiantou Catarina Frade.

O segundo motivo apontado para o recurso ao crédito está relacionado com a intenção de aceder a bens essenciais (45,4%), enquanto a necessidade de pagar outras dívidas (22,5%) surge em terceiro lugar.

A investigação levada a cabo pelo OEC mostra igualmente que «mais de metade das famílias referiu o crédito pessoal como a sua principal dívida de crédito».

«Os créditos pessoais mais frequentes dizem respeito a produtos de sociedades financeiras para aquisições a crédito, a que acrescem os cartões de loja com vertente de crédito (por exemplo, de hipermercados)», é referido na nota.

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