As duas associações de taxistas portuguesas recusaram esta sexta-feira aderir ao protesto da Deco contra o aumento do preço dos combustíveis, agendada para sábado, e a ANTRAL diz mesmo que a acção não terá «qualquer significado».
«As gasolineiras até se vão rir desta forma de protesto», disse à «Lusa» Florêncio Almeida, presidente da ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros) descartando a possibilidade de os seus associados se juntarem à acção.
PUB
A ANTRAL, fundada em 1976, reúne 10.500 viaturas entre o total dos seus associados.
Para Florêncio Almeida, as gasolineiras sentiriam os efeitos se o protesto fosse «parar os automóveis durante um dia».
O protesto, adiantou, não terá «qualquer significado» pois os automobilistas «vão abastecer hoje e domingo» em vez de ir às bombas no sábado.
Também a Federação Portuguesa do Táxi disse à agência que vai ficar de fora e queixou-se da actuação da DECO no passado.
«Quando o combustível estava a subir e a implicar os nossos associados, naquele momento a Deco nada fez», afirmou Carlos Ramos, presidente da FPT, associação fundada em 1994 representando cerca de quatro mil táxis entre o total dos associados.
A associação de defesa do consumidor, organiza sábado uma jornada nacional de protesto contra o preço dos combustíveis, apelando aos consumidores para não abastecerem os veículos durante todo o dia.
A Deco quer com este protesto que as petrolíferas façam repercutir no preço de venda ao público as reais variações dos preços das matérias-primas.
PUB