A auditoria externa realizada pela Delloite para analisar as relações entre a REN e a empresa de Manuel Godinho, no âmbito da operação Face Oculta não identificou «a prática de quaisquer actos que constituam crime público», revela o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Todavia, revela a mesma fonte que «foram assinaladas insuficiências dos procedimentos internos de contratação, em particular no plano dos critérios de selecção das modalidades de adjudicação e dos processos de tomada de decisão interna».
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De igual modo, «foi identificada a necessidade de reforçar os mecanismos de controlo interno em relação ao acompanhamento da execução dos contratos de gestão de resíduos», cita o documento.
Deliberações do Conselho de Administração
A Comissão de Auditoria da REN deliberou, «dando conhecimento ao Conselho de Administração: remeter ao Ministério Público o relatório de auditoria agora apresentado, solicitar à Deloitte que, em complemento da auditoria aos procedimentos de contratação já em curso, execute uma análise rigorosa e exaustiva da integridade e eficiência dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e proponha melhorias para o seu funcionamento», refere o documento.
O Conselho de Administração «deliberou, sob proposta da Comissão de Auditoria: Estender a auditoria das relações contratuais com a O2 à análise das transacções subjacentes; Reforçar os meios ao dispor do gabinete de auditoria interna da REN».
Foi deliberado ainda «a exclusão da O2 da lista de fornecedores qualificados, com vista a não lhe serem adjudicados novos trabalhos», conclui o documento.
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