O Sindicato dos Jornalistas (SJ) alertou esta quinta-feira que o despedimento colectivo que está a ser desencadeado na Controlinveste surge na sequência de contratações recentes de jornalistas e responsabiliza Governo, Parlamento e Presidente da República pela situação.
O SJ considera «incompreensível» estar a ser desencadeado um processo de despedimento colectivo «escassas semanas após a conclusão de um novo ciclo de novas contratações para quadros redactoriais», avança a Lusa.
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O grupo Controlinveste (que detém publicações como o DN, JN, 24 Horas, O Jogo e a rádio TSF)anunciou hoje ter dado início a um processo de despedimento colectivo de 122 trabalhadores, metade dos quais jornalistas.
O SJ alerta que o grupo de media «poderá pretender valer-se da possibilidade de utilizar sinergias para assegurar conteúdos das várias publicações», situação tornada possível pela última alteração ao Estatuto do Jornalista, aprovada em 2007.
«Os factos estão a provar também que o Governo e a maioria parlamentar, de resto acompanhados pelo PSD e pelo CDS, foram insensíveis aos riscos que as alterações ao Estatuto do Jornalista prenunciavam, mas também não escamoteiam a responsabilidade que o próprio Presidente da República tem nesta matéria, ao ter sido insensível aos apelos que o Sindicato dos Jornalistas lhe dirigiu», acrescenta.
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