A construtora automóvel PSA Peugeot Citroën, que registou prejuízos em 2008, espera a saída de 11.000 pessoas do grupo em 2009, indicaram esta quarta-feira dois dirigentes da empresa.
«Esperamos que mais de 11.000 pessoas deixam o grupo em 2009 no âmbito de saídas voluntárias», declarou a directora financeira do grupo, Isabel Marey-Samper na apresentação dos resultados anuais, avança a Lusa.
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O director dos recursos humanos, Jean-Luc Vergne, indicou por seu lado esperar saídas «entre 10 a 12.000 pessoas na Europa», onde se concentra o essencial dos efectivos.
A PSA empregava 207.850 pessoas no mundo no final de 2007, dos quais 113.710 na França.
A construtora francesa anunciou que não fecharia fábricas, nem lançaria um plano de despedimentos na França esta ano, em contrapartida de um empréstimo de 3 mil milhões de euros concedido pelo Estado.
«A França é o nosso primeiro país em termos de efectivos, mas temos muito pessoal noutros países que estamos actualmente a reduzir rapidamente», acrescentou o presidente Christian Streiff.
O pleno efeito da saída de 11.000 pessoas é esperada em 2010, precisou a directora financeira.
A PSA anunciou em Novembro a implementação de um plano de saídas voluntárias de 3.550 pessoas na divisão automóvel na França.
A construtora anunciou esta quarta-feira ter registado em 2008 uma perda líquida de 343 milhões de euros, contra um lucro de 885 milhões em 2007, e Christian Streiff antecipa uma nova ano de pardas em 2009.
Em Portugal, a PSA Peugeot Citroën ocupa 1.400 trabalhadores na sua fábrica de Mangualde, tendo dito no final do ano passado que não renovaria este ano os contratos de 400 trabalhadores.
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