A Associação dos Comerciantes do Porto afirmou esta sexta-feira que as preocupações do Presidente da República quanto ao pequeno comércio contrastam como a atitude «insensata e de favorecimento cúmplice» dos sucessivos governos aos grandes grupos económicos da distribuição.
Na sua mensagem de Ano Novo, o Chefe de Estado referiu que o pequeno comércio «deve merecer uma atenção especial porque constitui a única base de rendimento de muitas famílias».
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Ao fazê-lo, Aníbal Cavaco Silva «manifestou uma preocupação contrária à dos sucessivos governos, insensíveis a esta realidade», comenta a Associação dos Comerciantes do Porto, em comunicado, citado pela agência Lusa.
De acordo como estrutura de comerciantes dirigida por Laura Rodrigues, o poder executivo português não só tem autorizado a «instalação desmesurada» de médias e grandes superfícies comerciais por todo o País, como lhe permite a prática de horários de funcionamento «sem paralelo na União Europeia».
«Infelizmente a experiência diz-nos que não podemos confiar naqueles que têm beneficiado minorias poderosas em detrimento de classes desfavorecidas e da defesa destes valores», acrescenta.
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