A história repete-se todos os anos, segundo o dirigente da associação, e feitas as contas «mais de dez por cento das vendas de Dezembro dos veículos comerciais e dos transportes de mercadorias são destinadas ao mobilizado das empresas e sujeitas a amortização no âmbito fiscal».
«Estas decisões de comprar ou não antes do final do ano são sempre feitas pelos gestores das empresas e estão relacionadas com os resultados que as mesmas apresentam», afirma o responsável.
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Isto significa, de acordo com o mesmo, que «se as empresas estão a ter resultados acima do esperado e quanto têm de substituir a frota, normalmente optam por comprar em Dezembro, para que a amortização fiscal seja feita no ano em curso». Pelo contrário, se os resultados estão aquém do desejado, os gestores «optam por não comprar».
Segundo o presidente da Anecra, este aumento das vendas diz respeito essencialmente aos veículos comerciais e aos carros de transportes de mercadorias (é o caso dos furgões e caixas de carga).
Esta tendência, de acordo com António Ferreira Nunes, pouco se reflecte nos automóveis ligeiros. A explicação é fácil, no entender do dirigente da associação. «Os automóveis não têm uma incidência fiscal tão grande que mereça antecipar a compra por parte das empresas».
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