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Sector automóvel pode sofrer quebra de vendas de 3% em 2007

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O ano de 2006 não será considerado um ano «feliz» para o sector automóvel, na opinião do presidente da Associação Nacional de Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (Anecra), António Ferreira Nunes.

O sector caiu cinco por cento em relação a 2005 e, na opinião do responsável, esta quebra deveu-se «ou porque o mercado já estava abastecido ou porque não tinha apetência para comprar mais». «O mercado português é muito limitado. Se há sectores onde tudo é feito até à exaustão, o sector automóvel é um deles», acrescenta

«O sector automóvel é um sector altamente competitivo, muito perfeccionista e muito profissional. As marcas deitaram mão em tudo o que podiam», alerta o presidente da Anecra.

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Pouca esperança para recuperação em 2007

No entender de António Ferreira Nunes «não há nada que anuncie um aliviar da crise instalada» e o responsável acredita mesmo que o sector poderá sofrer uma nova quebra de vendas no próximo ano na ordem dos 3%.

«Não há boas notícias e, ao contrário dos outros anos, não há muito volume de transacções transferidas de 2006 para 2007», isto, segundo o mesmo porque «há uma tradição das pessoas quererem veículos com matrículas do ano seguinte. Os negócios são fechados em 2006 mas a entrega só é feita em 2007».

Medidas governamentais com pouco impacto

As alterações feitas ao Imposto Automóvel (IA) só deverão começar a ter efeitos, segundo o presidente da Anecra, a partir de Julho de 2007. Só nessa altura é que o IA irá sofrer alterações com a transferência de 10% da carga fiscal total para o cálculo de CO2. «Não acredito que vá alterar muito o cenário de vendas, porque como há carros que alteram para cima, há outros que alteram para baixo»

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Já os incentivos recentemente aprovados pelo Governo em relação ao abate de veículos em fim de vida são vistos como positivos por António Ferreira Nunes mas não suficientes para animar o sector.

«É uma situação extremamente perversa da forma como estava», acusa o dirigente da associação, daí, no entender do mesmo, só terem sido abatidos ao todo cerca de 30 mil unidades desde que o sistema está em vigor há quatro ou cinco anos.

«É um número irrisório, principalmente quando comparado com Espanha que já tem um volume de dois milhões de carros abatidos», acrescenta o mesmo. «Se em 2007 conseguirmos atingir 10 ou 12 mil já seria bom».

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