A Polónia, onde a EDP inaugurou esta quinta-feira a construção do seu primeiro parque eólico na região, vai servir para a eléctrica entrar em países vizinhos como a Roménia e Bulgária. Essa é a estratégia delineada pelo presidente do Grupo, António Mexia, que pretende ser líder neste mercado dentro de dois a três anos.
«Queremos ser líderes nos mercados-chave como os EUA e a Polónia. Este é o mais importante e com maior potencial desta zona da Europa. A Polónia vai ser a plataforma de entrada no Leste. A Roménia e a Bulgária têm um potencial de crescimento muito forte», referiu o responsável na cerimónia de lançamento do parque Margonin, na cidade de Poznan.
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Na Polónia, o principal concorrente da EDP é a espanhola Iberdrola que também já aí tem projectos, mas que a eléctrica portuguesa tenciona ultrapassar nos próximos dois a três anos.
Canadá, México, Argentina e Chile continuam na mira
De acordo com a administradora e responsável da EDP Renováveis, Ana Maria Fernandes, este é um mercado com um potencial eólico que se assemelha ao dos EUA por ter uma vasta zona de campo, com planícies e não haver tarifas para a energia. As únicas diferenças, sublinha, são o facto de não haver subsidiação de tarifas e de ser um país de tamanho mais reduzido.
Só neste país, a EDP tem um plano de investimento de 1,2 mil milhões de euros nos próximos anos, para o desenvolvimento de mais de mil Mega Watts (MW). Destes, António Mexia espera ter já 400 MW em operação em 2012.
A nível global, a EDP calcula ter, na mesma data, cerca de 2,5 Giga Watts eólicos em funcionamento. Razão pela qual, o presidente da eléctrica diz estar também a aproveitar-se da sua presença nos EUA, através da Horizon, para se expandir para o «Canadá e México». E ainda, o mercado brasileiro permite olhar para a «Argentina e Chile».
As acções da EDP fecharam a perder 2,49% para os 3,40 euros e as EDP Renováveis derraparam 2,50% para os 7,01 euros.
* A jornalista viajou à Polónia a convite da empresa
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