Os lucros da EDP cresceram 9,1 por cento no primeiro trimestre para 263,3 milhões de euros (face aos 241,4 milhões do período homólogo).
Em comunicado, a eléctrica sublinha que no mesmo período atingiu um EBITDA de 808,7 milhões, ou seja, mais 14,7% do que nos três primeiros meses de 2007.
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«Quer a nível de resultados operacionais ou líquidos foram muito positivos. A expansão internacional contribuiu de forma decisiva», afirmou o presidente executivo da eléctrica, António Mexia, na apresentação dos dados trimestrais aos jornalistas.
O EBIT subiu 17,4% para 541,8 milhões, enquanto os custos operacionais elevaram-se 2,9% para os 449,6 milhões de euros, valor que reflecte as «melhorias de eficiência e a expansão da EDP Renováveis».
Já a dívida líquida valorizou 1,3% para os 11.843 milhões de euros, enquanto o investimento operacional subiu 1,9 vezes em termos homólogos, para 607 milhões de euros, com os investimentos de expansão a representarem 75 % do seu total.
Luz no mercado a retalho cai 55%
Os volumes de electricidade vendida ao mercado a retalho caíram 55% em relação a período homólogo em Portugal «uma vez que as tarifas foram actualizadas a 2,9% tendo em consideração um pressuposto do preço da pool em Portugal de 48 euros/MWh para 2008», esclarece a EDP em comunicado.
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Em Espanha, os volumes vendidos a retalho registaram um aumento homólogo de 31% na sequência da contratação pelas distribuidoras de electricidade no segundo trimestre do ano passado, antes do recente aumento dos preços da electricidade e dos combustíveis.
«Foi um resultado de antecipação das tendências do mercado. O que se vê é o investimento nas renováveis, eólico essencialmente», comentou ainda António Mexia.
Menos 385 trabalhadores num ano
Quanto ao número de empregados, a empresa decresceu dos 5.147 para os 4.762, como já estava previsto, sendo que, consequentemente, os custos com pessoal diminuíram 8,8% no período, ou 5,2% excluindo as indemnizações e a capitalização de custos com pessoal.
A referida redução foi conseguida através do Programa de Ajustamento de Efectivos (PAE).
Os custos com benefícios sociais aumentaram 6,7%.
IPO das Renováveis na calha
Nas perspectivas para 2008, diz Mexia, não deixa de estar a «manutenção de um perfil de investimento de baixo risco e um elevado crescimento». Na calha está ainda a entrada em bolsa (IPO) da unidade criada para as energias alternativas, a EDP Renováveis, que deverá acontecer, se dentro do previsto, até ao final de Junho.
As acções da EDP fecharam a derrapar 1,43% para 4,15 euros.
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