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Endesa admite colaborar com EDP no gás ou ir aos leilões da Galp

A Endesa Portugal tem em curso vários projectos de centrais a ciclo combinado alimentadas por gás natural. Esta situação coloca à empresa um problema de fornecimento desta fonte de energia, que se torna ainda maior caso queira entrar na sua comercialização.

Em entrevista à «Agência Financeira», o presidente da empresa, Nuno Ribeiro da Silva, revela como poderá solucionar a situação. Uma das hipóteses é comprar gás nos leilões da Galp, mas admite ainda uma colaboração com a EDP neste mercado, depois desta ter assinado um acordo com a gasista argelina Sonatrach.

A Endesa Portugal vai precisar de grandes quantidades de gás. Como vai resolver esta questão?

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A Endesa tem gás próprio não produzido por si, mas opera em contratos que tem em vários países. Agora, como é que vamos alimentar o Pego? É com gás próprio ou vamos aos leilões da Galp comprar gás? Pode também fazer sentido, do ponto de vista económico e técnico, por via de Sines. Tudo isto vai depender de alguma especificação de regras que ainda não estão estabilizadas. Apesar de ainda estarmos em fase de ultimar uma análise a este mercado, com a ajuda de uma empresa de consultadoria, tenho dúvidas que seja interessante imaginar alguma ambição de protagonismo na comercialização, domínio da distribuição do gás natural.

E, por exemplo, uma parceria com a EDP?

Podemos talvez vir a encontrar formas de colaboração no gás, com o acordo que a EDP fez com a Sonatrach. Temos muitas parcerias com a EDP, não só em Portugal, mas também em Espanha. Essa relação com a EDP é muito natural porque a Endesa sempre foi a empresa eléctrica institucional em Espanha e a EDP em Portugal, além natureza cultural ser muito próxima. Há muita troca de ideias, posicionamentos conjuntos, por exemplo, em Espanha e, mesmo no Brasil, existe frequente colaboração entre os interesses da EDP e da Endesa.

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Em Portugal, temos vindo também a colaborar na troca de conhecimentos e na preparação de um posicionamento relativamente aos anunciados grupos de 800 MW para fazer em Sines com carvão limpo.

Mas já houve conversações com a EDP nesse sentido?

Não, ainda não houve nada. Estamos a pensar alto como é que vamos fazer. E aqui há ainda a dificuldade de variáveis importantes que prefigurarão as regras do jogo não serem conhecidas.

E não há aqui um conflito de interesses por serem concorrentes?

Claro que sim, mas não impede essa questão da concorrência. Por exemplo, a EDP está empenhadíssima em tentar recuperar um acordo de secretaria para ficar com o Alqueva. No entanto, estou empenhadíssimo, depois do anúncio do concurso, em vir a concorrer com a EDP, e outros que vierem a apresentar propostas.

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