A justiça espanhola deu razão à Ericsson Network Services que decidiu cortar em 40 por cento as retribuições salariais a mais de 1.300 trabalhadores sem negociação prévia.
A empresa justifica esta decisão «não por causas económicas, mas sim por motivos produtivos», ou seja, com este corte salarial a Ericsson planeia tornar-se mais competitiva, como explica esta segunda-feira o «Cinco Días».
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O juiz espanhol foi favorável às necessidades da empresa e abriu o precedente, justificado com o facto que de, na hora de decidir sobre as reestruturações salariais, a empresa tem a última palavra.
Para Victoria Caldevilla, advogada de defesa da Ericsson, esta decisão «abre a porta para a possibilidade da empresa utilizar procedimentos legais para modificar as suas retribuições» e, assim, «não ter necessidade de despedir».
Já os sindicatos do sector vão recorrer da decisão ao Supremo Tribunal, por considerarem que «esta é uma forma encapotada de despedir».
«Desde a fusão da Ericsson [com outras cinco empresas em meados de 2006] que a aposta foi sempre em oferecer condições iguais ou inferiores àquelas que existiam nas outras empresas», disse Pedro Duque, secretário da secção sindical da federação metalúrgica da Ericsson Network, citado pelo «Cinco Días».
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