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1/4 dos portugueses fica sem dinheiro depois de bens essenciais

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Um em cada quatro consumidores portugueses refere que fica sem dinheiro disponível depois de cobrir as suas despesas essenciais. Esta é uma das conclusões do último inquérito mundial da Nielsen sobre a confiança dos consumidores.

A seguir a Portugal, os países que mais se vêem afectados por este problema são a Alemanha, a Bélgica e os holandeses. Isto acontece num cenário, a nível mundial, em que um em cada oito (13%) dos consumidores disse «não sobrar dinheiro» depois de comprar os bens essenciais.

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«Um dos aspectos mais visíveis, e preocupantes, no comparativo com outros países é o facto de Portugal ser das nações cujos consumidores mais referem ficar com a carteira vazia (26%) depois dos seus gastos essenciais, bem acima da média europeia (16%) e, por exemplo, dos nossos vizinhos espanhóis, um dos países na linha da frente, com apenas 7% a referirem essa condição», refere o «managing» director da Nielsen em Portugal, Francisco Neto de Carvalho.

Estudo concluiu que quatro em dez acreditam numa recessão em 2008

Portugal continua na cauda da Europa no que diz respeito à confiança dos consumidores. Com um índice de 56 pontos, bem afastado da média europeia que se situa nos 89 pontos, Portugal é o país da UE com uma pontuação mais baixa seguindo-se-lhe a Hungria (69), a Alemanha (78), França (80), Itália (80) e a Grécia (82), que completam a lista dos últimos países.

O estudo refere também que quatro em dez consumidores portugueses pensam que haverá uma recessão no próximo ano, com mais de 50% a acreditarem que isso terá impacto no desemprego, taxas de juro e inflação. Este sentimento é também «bem evidente» em países como Itália (45%), Espanha (44%), Suécia (43%) e França (42%).

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Desemprego mantém-se no topo das preocupações

A nível global, pessimistas estão quase um em cada três consumidores. Estes preparam-se para uma recessão a nível mundial nos próximos 12 meses, com mais de metade da população muito preocupada com o desemprego e a inflação.

«A preocupação crescente e generalizada acerca da crise dos «subprime» nos EUA, que continua a afectar os mercados financeiros na Europa e na Ásia, a subida do preço do petróleo e a expectativa generalizada de uma recessão mundial nos próximos 12 meses levaram a uma queda da confiança dos consumidores nos últimos seis meses em 21 dos 48 países cobertos pelo nosso inquérito», afirmou o presidente da Nielsen Europe, Patrick Dodd.

O desemprego tem estado sempre no topo das principais preocupações dos portugueses desde o início da realização deste inquérito on-line pela Nielsen. «Se 43% dos nossos consumidores já referem que as perspectivas actuais face ao emprego são más, esse valor torna-se ainda mais preocupante quando confrontados com a possibilidade de enfrentarmos uma recessão nos próximos 12 meses, já que 76% dos consumidores portugueses o refere como uma das suas maiores preocupações se esse cenário se verificar, tratando-se de uma taxa de resposta bem acima da média europeia (52%)». Gregos (64%), suíços (64%) e alemães (62%) estão entre os consumidores que registaram maior receio de um impacto negativo ao nível do desemprego que poderia advir de uma possível recessão.

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