Foram mais de 12% as empresas portuguesas que, entre 2002 e 2006, deslocalizaram serviços para outros países, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística.
O mesmo estudo revela uma nova tendência nestas deslocalizações. É que os países de destino eram inicialmente da União Europeia e agora esses estão a ser progressivamente substituídos pelos países africanos, China e Brasil. Os países parceiros foram destino exclusivo de 53,6% das empresas mas mais de 17% preferiram apostar fora da União. Os restantes 29% optaram por países dentro e fora da União. E do lado de fora, a China captou 10,3%, o Brasil 8%, a Índia 5,2% e os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) apenas 2,8%.
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A maioria das empresas com «sourcing internacional» era da área da indústria transformadora, com 72,9%, seguindo-se o comércio com 11%, e os transportes e comunicações com 5,8%. Quase 80% do total pertence a um grupo económico. As funções mais frequentemente deslocalizadas foram as de suporte ao negócio.
A principal motivação apontada pelas empresas para deslocalização decorreu de «decisões estratégicas tomadas pela empresa cabeça de grupo» com 40% das empresas a considerar este factor como muito importante. O «acesso a novos mercados», a «melhoria da qualidade ou introdução de novos produtos» e o «acesso a conhecimentos/tecnologias especializados» seguem-se na lista das motivações.
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