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A crise do crédito explicada a todos

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Se já ouviu falar na «crise hipotecária» dos EUA mas não percebeu nada do assunto, nem como é que isso afecta toda a gente, perca cinco minutos e leia estes textos. No final, vai saber como tudo começou, o que significa cada expressão e que efeitos pode esperar.

O ActivoBank7 explica tudo. Como sabe, a concessão de crédito é uma actividade fundamental para o bom funcionamento da economia. A generalidade dos agentes económicos recorre a crédito. Os particulares financiam a compra das suas casas, por exemplo. As empresas poderão ter necessidade de financiar os seus investimentos, ou o desfasamento entre o pagamento a fornecedores e o recebimento de clientes. Até os Bancos recorrem a financiamentos de outros Bancos, sempre que a sua posição diária de tesouraria é deficitária.

Como tudo começou

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Na passada 5ª feira, 9 de Agosto, as condições de financiamento nos mercados monetários interbancários agravaram-se de forma considerável, em particular devido aos receios quanto ao efeito de contágio do incumprimento verificado no segmento de crédito imobiliário de alto risco (subprime) nos EUA aos restantes mercados de crédito.

Os bancos comerciais tomaram a decisão de reduzir a disponibilidade de linhas de crédito, em especial aos outros Bancos, o que fez aumentar de forma significativa as taxas de juro de muito curto prazo (overnight). Na Zona Euro, por exemplo, as taxas overnight chegaram a atingir 4,62%, largamente acima da taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE), que é de 4%.

A rápida intervenção do BCE desde o dia 9 de Agosto, garantindo (em 3 dias) créditos no total de 203 mil milhões de euros ao sistema bancário europeu (valor superior à intervenção verificada após os atentados de 11 de Setembro de 2001), contribuiu para normalizar as condições de mercado, sendo bem recebida por vários economistas.

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Ainda assim, e numa reacção «a quente», a intervenção do BCE (bem como de outros Bancos Centrais) deixou os investidores ainda mais nervosos, por considerarem que a dimensão da mesma só encontraria justificação porque a crise ainda seria mais grave do que se antecipava.

O problema agravou-se porque não é fácil estimar o impacto de uma crise no mercado de crédito. Não se conhece quem detém o risco, qual a sua dimensão, e qual o seu valor de mercado.

Porque é que os bancos estão em risco?

Nos últimos anos, os bancos vendem uma parte considerável dos créditos concedidos a investidores institucionais (como fundos de investimento ou fundos de pensões), através de um processo conhecido como securitização de créditos. Os clientes dos bancos passam a dever as prestações a estas instituições (em vez de as deverem aos bancos) e são também estas instituições que assumem o risco, em caso de os clientes deixarem de pagar. Isto é fundamental para os bancos se salvaguardarem do crédito de risco, que se torna frequentemente em malparado.

Nas últimas semanas, a procura deste tipo de activos desapareceu por completo. Esta situação levou já algumas sociedades gestoras a suspender os resgates de fundos com exposição ao mercado subprime dos EUA, o que veio igualmente contribuir para o nervosismo dos investidores. Alguns fundos com exposição a estes títulos perderam mesmo todo o seu valor.

O que pode acontecer na economia e no seu bolso?

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