Segundo a Lusa, a audição de José Rodrigues dos Santos está marcada para as 11:30 e insere-se no objectivo de apurar a relação existente entre os media e os poderes político e económico.
A audição foi suscitada por uma peça publicada pelo semanário Expresso intitulada «Governo admite mexer na direcção da RTP», notícia que anunciava a substituição para breve do actual director de informação da televisão pública.
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A administração da estação pública e o ministro de Estado e Presidência, Nuno Morais Sarmento, negaram a substituição, que deu origem a pedidos de explicação por parte do Partido Socialista.
Dois dias depois, Morais Sarmento sublinhou durante um colóquio sobre a Rádio e Televisão de Portugal, que o papel do Governo «não pode envolver o que são as competências da administração, como seja a escolha dos responsáveis» pelas áreas de programas ou de informação, lembrando, no entanto, serem «os responsáveis políticos que respondem perante o povo».
Também o responsável pela informação da TVI estará presente segunda-feira na Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS).
Essa será a segunda vez que José Eduardo Moniz será ouvido a propósito do caso Marcelo Rebelo de Sousa, que teve início com as críticas do ministro dos Assuntos Parlamentares, Rui Gomes da Silva, relativamente aos comentários do ex-líder do PSD na TVI, que acabaria por deixar a estação.
Perante as declarações do ex-comentador que garantiu, quarta-feira passada na AACS, que o presidente do grupo Media Capital lhe pediu para alterar os conteúdos dos seus comentários, o organismo que regula os media decidiu ouvir de novo o director-geral e o presidente da TVI, Paes do Amaral, este último na terça-feira.
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