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Algarve supera a crise no Turismo

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O Verão de 2005 representou o ponto de viragem no turismo algarvio em matéria de taxas de ocupação. Responsável pelo aumento nos meses de Julho e Agosto, comparativamente ao ano anterior, de cerca de 5% da procura nos hotéis da região, o mercado nacional ajudou à reabilitação do sector, noticiado pelo Correio da Manhã.

Mas a facturação não sobe ao mesmo ritmo dos turistas, porque os hoteleiros reduziram preços para atrair clientes. No conjunto do ano, o turismo da região deverá render cerca de três mil milhões de euros.

Depois de quatro anos a fechar com saldo negativo, os empresários ainda não podem regozijar-se com a solidificação da actividade em matéria de negócio, mas o sector dá sinais de recuperação nos dois principais mercados: devido à melhoria das acessibilidades e perda do poder de compra, os portugueses optaram pelo Algarve durante todo o mês de Agosto, enquanto os britânicos voltaram em força à região.

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A ocupação das unidades hoteleiras atingiu praticamente os 100% durante todo o mês de Agosto, depois de uma subida de cerca de 6,5% em Julho, referiu ao CM o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas: «As taxas de ocupação em Agosto foram as ideais, com uma subida de 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado», revelou o dirigente.

A época alta que agora termina fica caracterizada ainda por uma subida atípica dos níveis de ocupação também na terceira e quarta semanas de Agosto: «Normalmente, havia a tendência para que as pessoas se concentrassem nas duas primeiras semanas do mês, mas este ano as boas prestações da segunda quinzena contribuíram também para este aumento», refere o responsável.

Para Elidérico Viegas, as subidas registadas este ano representam a inversão de um ciclo negativo que durou quatro anos. «Podemos considerar que este Verão foi positivo e esperamos que esta tendência se mantenha no futuro», diz o presidente da AHETA. Para Setembro, as perspectivas apontam para um crescimento de 2 a 3% das taxas de ocupação em relação ao ano passado, prevendo-se que sejam idênticas às taxas de ocupação de 2003. Para o próximo ano, o desafio será melhorar as taxas de ocupação nos chamados meses laterais: Maio, Junho, Setembro e Outubro e ainda «combater a maior fraqueza do turismo do Algarve, que é a sazonalidade na estação baixa».

Uma opinião partilhada pelo presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), Hélder Martins, para quem é possível combater a sazonalidade algarvia, através da aposta no turismo rural, de negócios e da saúde, para além do golfe, que deverá ser reforçado com a criação de novos campos.

Também o mercado de congressos se apresenta como um desígnio algarvio. «Agora que o Barlavento tem em construção o Pavilhão do Arade, é urgente pensar noutro espaço do género para a zona central do Algarve», diz o presidente da RTA.

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