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Alunos mais carenciados têm livros grátis a partir de 2009

Os alunos mais carenciados do Ensino Básico, que beneficiam do primeiro escalão da acção social, terão manuais gratuitos a partir de 2009, de acordo com um anteprojecto de proposta de lei apresentado hoje no Ministério da Educação (ME).

No final da legislatura, entrará em vigor esta medida, orçamentada em dez milhões de euros, que prevê ainda o aumento do limite máximo de comparticipação sobre o preço dos manuais para os estudantes que beneficiam do segundo escalão da acção social escolar.

De acordo com o anteprojecto do Governo, apresentado pelo secretário de Estado Adjunto da Educação, o regime de preços convencionados, que actualmente vigora apenas para manuais escolares do Ensino Básico, será alargado ao Secundário e passará a abranger também outros recursos didácticos como os cadernos de exercícios.

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O secretário de Estado, Jorge Pedreira, garantiu que o Governo reserva para si a possibilidade de fixar administrativamente o preço dos livros, no caso de não haver acordo com as editoras.

«Para permitir a possibilidade de reutilização dos manuais e, desse modo, reduzir os encargos das famílias», o prazo de vigência dos manuais será aumentado de três para seis anos, o mesmo tempo de duração dos programas curriculares.

De acordo com o documento do Governo, que será ainda submetido a consulta pública e posteriormente discutido no Parlamento, os editores terão de apresentar uma candidatura ao processo de certificação, que será levada a cabo por comissões de peritos designados pelo ME.

A avaliação prévia de todos os manuais levará, no entanto, «alguns anos», uma vez que só irá aplicar-se aos livros que forem sendo lançados no mercado. Todos os anos, os manuais relativos a três anos de escolaridade terminam o seu prazo de vigência e será aí que as comissões avaliam os novos livros relativos a esses graus. Ou seja, tendo em conta que há 12 anos de escolaridade, o processo demorará, pelo menos, quatro anos a estar concluído.

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Colocação de professores válida por períodos de 3 ou 4 anos

O resultado dos concursos de colocação de professores será válido obrigatoriamente por três e quatro anos, ficando os docentes impedidos de concorrer durante esse período, segundo a proposta do Ministério da Educação apresentada hoje aos sindicatos.

De acordo com o documento a que a agência Lusa teve acesso, a colocação dos quadros de escola e dos professores pertencentes a uma região educativa (quadros de zona pedagógica) será válida por quatro anos na educação pré-escolar e no primeiro e segundo ciclos do ensino básico e por três anos no terceiro ciclo e no secundário.

O documento exclui explicitamente a «possibilidade de apresentação a concurso durante esse período», o que significa que a medida será de aplicação obrigatória.

A proposta prevê ainda a renovação automática até três anos da colocação de professores contratados com habilitação profissional em horário completo, desde que a existência de horário se mantenha e haja concordância por parte do estabelecimento de ensino.

Para promover a estabilidade do corpo docente nas escolas, o ministério quer ainda acabar com os destacamentos por aproximação à residência e por preferência conjugal, mantendo apenas a possibilidade de mudança de escola por razões de doença e os destacamentos na educação especial para necessidades das escolas que não tenham sido preenchidas no concurso.

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