Na primeira entrevista depois de a Alemanha assumir a presidência da União Europeia, no primeiro semestre de 2007, e do G-8, em todo o ano de 2007, Merkel garantiu que a nova parceria económica transatlântica não se dirige contra nenhum outro país.
Neste contexto, a chanceler alemã considerou um eventual fecho das economias ocidentais perante a Ásia «um disparate».
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«No entanto», acrescentou, «ninguém pode impedir-nos de unirmos as nossas forças e de defendermos determinados interesses comuns, como a protecção da propriedade intelectual, por exemplo».
Antes do encontro com o presidente George Bush na Casa Branca, na quinta-feira, Merkel anunciou ainda a intenção de promover «uma cooperação económica mais estreita entre a UE e os EUA, na Cimeira Europa-América, marcada para Abril».
No âmbito do G-8, a chefe do governo alemão pretende também debater o futuro dos fundos Edge.
«A importância dos fundos Edge tem aumentado, apesar de serem menos transparentes do que os instrumentos do mercado financeiro, e temos de falar disso», sublinhou Merkel, na entrevista à edição alemã do «Financial Times».
Os EUA e a Grã-Bretanha recusaram, até agora, a introdução de regras internacionais para controlar os fundos Edge, considerados altamente especulativos.
Entretanto, porém, «parece que os Estados Unidos estão a observar com muita atenção o desenvolvimento dos fundos Edge», disse a chanceler alemã, acrescentando que a solução poderá ser tanto uma maior fiscalização, como a criação de regras voluntárias.
Segundo um porta-voz do governo alemão, os temas da actualidade internacional, sobretudo a estabilização do Afeganistão, a reanimação do processo de paz no Médio Oriente, a situação no Iraque e o programa nuclear iraniano estarão também no topo da agenda do encontro entre Angela Merkel e George W. Bush.
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