A inspectora-geral, Maria Paula Andrade, disse à agência Lusa que este aumento «corresponde a uma maior eficácia das operações e à coordenação entre as várias forças policiais».
Maria Paula Andrade salientou também «a cooperação com Espanha, nomeadamente a operação Santo André, realizada em Junho, cujos resultados alcançado são históricos».
PUB
Segundo os dados hoje revelados, 70% das cópias apreendidas corresponde a DVD e 27% a CD de música.
No total, o material apreendido, a preços do mercado legal, atingiria 1.750.000 de euros.
«O mercado paralelo constitui uma distorção brutal da economia, e não só lesa a criatividade e inovação, como põe em causa postos de trabalho e está ligado a escravatura e até ao financiamento do terrorismo», disse Maria Paula Andrade.
Todavia, frisou a inspectora-geral, «a pirataria em Portugal está controlada».
Mais de metade das apreensões, 75%, ocorreram nos distritos de Lisboa e Setúbal, notando «um recrudescimento da oferta de CD musicais nos distritos de Beja e Santarém».
A actividade ilegal, quer de cópia em suportes digitais, quer via Internet, é feita essencialmente por cidadãos nacionais, notando-se porém um «considerável peso de imigrantes», conclui o relatório da IGAC.
Entre estes, refere o relatório que «a actividade de imigrantes do Paquistão e Bangladesh mantém-se importante» tendo-se «consolidado» no Centro e Sul do país.
PUB
Os vendedores de material áudio e vídeo contrafeito caracterizaram-se, segundo o documento, por actuarem em pequenos grupos, «com grande mobilidade, vendendo em feiras, mercados e em locais da via pública».
Entre os imigrantes que se dedicam a esta actividade ilícita, os cidadãos marroquinos actuam essencialmente nos distritos de Viseu, Aveiro, Porto, Braga e Viana do Castelo, «apresentam grande mobilidade» vendendo em feiras e até porta a porta.
Estes cidadãos vendem essencialmente DVD, e prevê a IGAC que a sua actividade «se venha a acentuar» durante o Verão.
Maria Paula Andrade disse à Lusa que a IGAC está já a preparar uma campanha de sensibilização anti-pirataria, tal como aconteceu o ano passado, que deverá mobilizar televisões e cinemas, «mas também a pensar no próximo ano lectivo, pois é na escola que devemos ter um maior incidência».
PUB