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Apreensão de CD e DVD pirateados dispara 380% no 1º semestre

No primeiro semestre deste ano foram aprendidas 80.498 cópias ilegais de CD de DVD, mais 380%, relativamente a igual período do ano passado, revela a Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC).

A inspectora-geral, Maria Paula Andrade, disse à agência Lusa que este aumento «corresponde a uma maior eficácia das operações e à coordenação entre as várias forças policiais».

Maria Paula Andrade salientou também «a cooperação com Espanha, nomeadamente a operação Santo André, realizada em Junho, cujos resultados alcançado são históricos».

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Segundo os dados hoje revelados, 70% das cópias apreendidas corresponde a DVD e 27% a CD de música.

No total, o material apreendido, a preços do mercado legal, atingiria 1.750.000 de euros.

«O mercado paralelo constitui uma distorção brutal da economia, e não só lesa a criatividade e inovação, como põe em causa postos de trabalho e está ligado a escravatura e até ao financiamento do terrorismo», disse Maria Paula Andrade.

Todavia, frisou a inspectora-geral, «a pirataria em Portugal está controlada».

Mais de metade das apreensões, 75%, ocorreram nos distritos de Lisboa e Setúbal, notando «um recrudescimento da oferta de CD musicais nos distritos de Beja e Santarém».

A actividade ilegal, quer de cópia em suportes digitais, quer via Internet, é feita essencialmente por cidadãos nacionais, notando-se porém um «considerável peso de imigrantes», conclui o relatório da IGAC.

Entre estes, refere o relatório que «a actividade de imigrantes do Paquistão e Bangladesh mantém-se importante» tendo-se «consolidado» no Centro e Sul do país.

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Os vendedores de material áudio e vídeo contrafeito caracterizaram-se, segundo o documento, por actuarem em pequenos grupos, «com grande mobilidade, vendendo em feiras, mercados e em locais da via pública».

Entre os imigrantes que se dedicam a esta actividade ilícita, os cidadãos marroquinos actuam essencialmente nos distritos de Viseu, Aveiro, Porto, Braga e Viana do Castelo, «apresentam grande mobilidade» vendendo em feiras e até porta a porta.

Estes cidadãos vendem essencialmente DVD, e prevê a IGAC que a sua actividade «se venha a acentuar» durante o Verão.

Maria Paula Andrade disse à Lusa que a IGAC está já a preparar uma campanha de sensibilização anti-pirataria, tal como aconteceu o ano passado, que deverá mobilizar televisões e cinemas, «mas também a pensar no próximo ano lectivo, pois é na escola que devemos ter um maior incidência».

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