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BCE alerta para os perigos do crédito

O Banco Central Europeu defende um «seguimento cuidadoso» na evolução monetária da Zona Euro.

O Banco Central Europeu (BCE) considerou hoje que a evolução monetária e do crédito na Zona Euro requer um «seguimento cuidadoso» em particular no que respeita à forte dinâmica dos mercados imobiliários.

No seu boletim de Junho, hoje publicado, o BCE continua a ver riscos de derrapagem dos preços na zona euro, dizendo que «no conjunto, depois desta subida as taxas directoras mantêm-se historicamente baixas».

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O BCE alertou para que o crescimento anual de créditos concedidos no sector privado, especialmente compra de casas, atingiu taxas de dois dígitos nos últimos meses.

Segundo a entidade, o rápido crescimento da massa monetária confirma o «impacto estimulante» de taxas juros baixas, o que revela riscos inflacionistas de médio e longo prazo. A curto prazo, a evolução dos preços do petróleo vão continuar a determinar as previsões de inflação, refere o BCE.

«A mais longo prazo, ainda que a evolução moderada dos custos salariais pareça provável, devido à concorrência contínua a nível mundial, nomeadamente no sector industrial, os efeitos indirectos do encarecimento anterior do petróleo e as subidas anunciadas da fiscalidade indirecta deverão ter um impacto significativo na aceleração da inflação», defende o BCE.

Controlo da inflação ajuda emprego

O Banco Central Europeu defende ainda que um ajuste das taxas de juro estava garantido pois actuando «a tempo» o conselho de governadores «ajuda a manter as expectativas de inflação a médio e longo prazo em linha com a estabilidade de preços» o que contribui para crescimento económico sustentado e para a criação de emprego.

O banco calculou que a taxa de inflação se manterá acima de dois por cento em 2006 e 2007 e acrescentou que o seu nível exacto dependerá do desenvolvimento futuro dos preços da energia.

Indicou que entre os principais riscos inflacionistas estão os preços do petróleo e os efeitos das subidas dos últimos meses com reflexo nos preços no consumo e nos salários.

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