«Numa base comparável, a margem financeira cresceu uns saudáveis 6,3 por cento para os 706,4 milhões de euros, impulsionado principalmente pelo aumento de 20,8% em termos homólogos no crédito hipotecário (enquanto que os resultados reportados indicam um crescimento da margem financeira mais modesta na ordem dos 1,1% em termos homólogos)», constata John dos Santos, analista da Lisbon Brokers.
Contudo, o analista considera que, «com o aumento da concorrência neste segmento, o forte crescimento do volume de crédito concedido pesou na taxa de margem financeira, que no entanto decresceu 3 pontos base para os 2,18% no primeiro semestre deste ano, contra os 2,21% do período homólogo».
PUB
Apesar de estarem bastante agradados com os resultados, e como esperam que a administração do BCP comente a sua oferta sobre o BPI na sua conferência de hoje à tarde, «querem reiterar que a oferta de 5,70 por acção pode ter que ser melhorada».
BCP pode aumentar oferta até mais 1 euro
A Lisbon Brokers acredita que os rumores noticiados na imprensa local de uma emissão de obrigações convertíveis em acções do BCP, no valor de 1,5 mil milhões de euros, serviram para sentir a reacção do mercado a uma hipotética emissão.
Desta forma, os analistas da Lisbon Brokers mantêm a sua opinião de que o «BCP ainda tem margem de manobra suficiente para poder aumentar a oferta (actualmente de 5,70 euros por título) sobre o BPI em até mais 1 euro por acção que, juntamente com outras pequenas concessões, poderá convencer aos accionistas de referencia do BPI a conceder».
Assim, «e apesar da possibilidade de um aumento de capital de 4 mil milhões de euros no horizonte se a oferta tiver sucesso», os analistas reiteramos a nossa recomendação de «forte compra» sobre os títulos do BCP bem como o preço alvo de 2,80 euros por acção, «já que acreditamos que após a conclusão do aumento de capital, os investidores deverão voltar a reconhecer o real valor do banco», termina John dos Santos.
Os títulos do BCP seguem estáveis nos 2,23 euros, um potencial de valorização de 25,6%, face ao preço alvo estabelecido.
PUB