O Banco Espírito Santo (BES) vai acelerar o seu crescimento com a recente conclusão do aumento de capital de 1.200 milhões de euros (ME), disse Ricardo Espírito Santo Salgado, Chief Executive Officer (CEO) do banco em entrevista à Reuters.
No âmbito do aumento de capital, o Bradesco duplicou a posição no capital do banco para 6,05%. «Este reforço do Bradesco, parceiro de longa data, numa altura destas de crise, confirma a confiança no BES, na economia portuguesa e na estratégia de internacionalização do BES», disse.
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«Este aumento de capital permite-nos passar a uma velocidade de desenvolvimento superior. E o Bradesco é um accionista relevante», afirmou ainda o CEO.
Ricardo Espírito Santo Salgado referiu que «o aumento de capital é um elemento importante para potenciar o desenvolvimento do banco, dentro de rácios de solvabilidade que se querem fortes».
O BES tem uma estratégia de desenvolvimento naquilo que qualifica como triângulo virtuoso do Atlântico, com os vértices em Angola, Península Ibérica e Brasil. O CEO já tinha realçado que, a prazo, gostaria de ver a área internacional representar 50% do bottom line face aos cerca de 35% actuais.
Ricardo Espírito Santo Salgado destacou que «este reforço da participação do Bradesco é importantíssimo sob todos os aspectos e é o indício que o futuro vai ser reforçar a actividade do banco na Europa, no Brasil e nos países com afinidades de língua».
Quanto ao mercado espanhol, Ricardo Salgado diz que «o BES tem de actuar com muita prudência dados os condicionalismos que a banca espanhola está a atravessar neste momento», não vendo grandes probabilidades de aquisições. O BES tem como estratégia o crescimento orgânico.
«Estamos sempre atentos a oportunidades, mas vejo pouco provável uma aquisição em Espanha dados esses condicionalismos. Não é impeditivo», concluiu.
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