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Bolsa rende no final do ano apesar de «saldos» em Janeiro

Será sexto ano de valorizações

Apesar de um início muito pessimista, o mercado bolsista deverá terminar este ano a valorizar, sendo assim o sexto ano consecutivo de valorização das acções. Esta é pelo menos a avaliação do ActivoBank 7.

«Mesmo depois da recente correcção, acreditamos que o mercado apresenta factores de suporte suficientes para tornar possível a obtenção de rendibilidades positivas no final do ano», sustenta o banco.

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Em primeiro lugar, os especialistas têm em conta que as valorizações continuam em níveis historicamente baixos, se compararmos as cotações com os resultados. «O Price Earnings Ratio apresenta neste momento um desconto de 20 por cento face à média das últimas duas décadas. Note-se que o mesmo indicador está significativamente abaixo dos valores apresentados antes das correcções de 1987, 1990, 1998 e 2000», referem.

Por outro lado, o ActivoBank 7 diz que o aumento da procura de obrigações por institucionais nos últimos anos exerceu forte pressão sobre os preços, de tal forma que a sua rendibilidade está próxima dos mínimos dos últimos 20 anos, e claramente abaixo da rendibilidade dos resultados das empresas. «Esta divergência é historicamente positiva para o mercado de acções, dado que torna o investimento neste mais atractivo».

O banco refere ainda que «continua a existir abundante liquidez no mercado, e que as condições nos mercados monetários melhoraram de forma significativa desde meados de Dezembro, devido à intervenção dos principais Bancos Centrais (a taxa Euribor a 3 meses recuou de 4,95% para 4,55%)».

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«Expectativas tendem a evoluir de forma exagerada»

Para além disso, os especialistas dizem que um sentimento negativo extremo dos investidores é habitualmente um bom sinal contrário. O índice Risk Appetite do Credit Suisse atingiu recentemente valores mínimos dos últimos cinco anos, indiciando um sentimento de pânico que conduz geralmente a cotações excessivamente desvalorizadas.

Em conclusão, sublinham que os mercados accionistas funcionam sempre em função de expectativas, tendendo a evoluir de forma exagerada, tanto nas subidas como nas descidas, em resultado de decisões muitas vezes emocionais.

O ActivoBank 7 aconselha assim os investidores a acompanharem esta época de resultados, particularmente nos EUA, e ainda a decisão da Reserva Federal norte-americana sobre as taxas de juro, esperada para o dia 30 de Janeiro.

E terminam: «Não é improvável que o mês de Janeiro de 2008 seja visto no futuro como uma época de saldos nas acções, aproveitada pelos investidores mais pacientes e avisados para a concretização de boas compras. Afinal de contas, diz o ditado que o mercado accionista previu correctamente 11 das últimas cinco recessões».

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