Quem o revelou à «Agência Financeira» foi o próprio presidente do operador de mercado ibérico de energia (OMIP), Luís Braga da Cruz, à margem de uma conferência organizada pelo «Sol».
Recorde-se que este objectivo, de ambos os governos português e espanhol, tinha sido garantido pelos respectivos ministros da tutela, em Março passado. Na altura, a criação de um regulador único e comum para a península ibérica, medida implícita para o relançamento do MIBEL (mercado ibérico da electricidade) tinha ficado prometida para Outubro deste ano.
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Questionado sobre se seria concretizado até final do ano, Braga da Cruz respondeu: «Vamos ver. Estamos a trabalhar intensamente e não há nada melhor do que trabalhar em conjunto (com Espanha)».
Já durante a conferência, o responsável tinha deixado escapar de que o MIBEL estava «enguiçado».
Operador de troca de fornecedor é apenas «gestor de base de dados» para Espanha
De referir ainda que, no âmbito do MIBEL, os governos prometeram a criação de um operador, um em cada país, para gerir a mudança de comercializador de energia e que teriam participações cruzadas de 10%. Sobre este assunto, Braga da Cruz disse ainda à «Agência Financeira» que esta é uma ideia «muito interessante», apesar de apontar que Espanha só olha para este operador como «um gestor de base de dados».
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