Segundo informações difundidas pela Cadena SER e pela RNE, a comissária da Competência, Neelie Kroes, num comunicado de 17 páginas sobre a operação, argumenta que a Endesa tem 66% do seu negócio em Espanha e que portanto cabe às autoridades espanholas decidir a OPA.
De referir que foram vários os pedidos que chegaram a Bruxelas no sentido da avaliação do negócio espanhol. A entidade reguladora da concorrência portuguesa fez o pedido à Comissão Europeia com base no artigo 22º do regulamento de fusões. O regulamento prevê que uma autoridade da concorrência nacional peça a intervenção das autoridades comunitárias sempre que considere que um negócio, mesmo interno de um Estado-membro, tenha impacto noutro. Uma questão que supera o facto de, ao abrigo das leis comunitárias certos processos de fusão e aquisição poderem não estar sob a juridição de Bruxelas.
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Este foi o segundo pedido português enviado para Bruxelas, depois da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) ter feito chegar a Durão Barroso a sua posição, sobre esta matéria. A CIP vê com muita preocupação o anúncio, da OPA lançada em Espanha e que o Governo deste país parece disposto a aprovar. Uma aprovação que agora, na sequência do «não» de Bruxelas cabe mesmo a Espanha.
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