Já fez LIKE no TVI Notícias?

Buscas às empresas continuam e abrangem mais sectores

Relacionados

As buscas judiciais às empresas, no âmbito da chamada Operação Furacão, vão continuar e envolverão praticamente todos os sectores da actividade económica, disse à agência «Lusa» fonte ligada ao processo.

A mesma fonte, que se escusou a avançar pormenores sobre as investigações devido ao risco fugas de informação, disse que as operações, coordenadas pelo Ministério Público, serão «transversais» a todos os sectores de actividade e levará tempo.

«É impossível estimar quanto tempo durará uma operação deste tipo, mas nós queremos ir bem fundo e isso demorará tempo», referiu.

PUB

No âmbito desta operação, na semana passada, várias empresas foram alvo de buscas por parte da Inspecção Tributária da Direcção-Geral de Contribuições e Impostos e Brigada Fiscal da GNR, por suspeitas de evasão fiscal.

De acordo com a mesma fonte, uma operação «com esta dimensão não pode ficar pela rama» e tem de resultar de uma acção conjunta entre as várias forças envolvidas.

«Uma acção como a que aconteceu na semana passada demora vários meses a preparar», frisou.

A Operação Furacão foi conhecida em Outubro do ano passado, quando juízes, magistrados do Ministério Público e elementos da inspecção tributária fizeram buscas em quatro instituições bancárias - BES, BCP, BPN e Finibanco -, empresas fiduciárias e escritórios de advogados.

Na terça-feira passada, no âmbito da mesma operação, a Soares da Costa foi alvo de buscas por «eventual suspeita de evasão fiscal».

Um dia depois seguiram-se a Mota-Engil, a Zagope e a Monte Adriano.

A operação, coordenada pelo Ministério Público, alargou-se também, na quarta-feira, à consultoria Deloitte, envolvendo as suas instalações de Lisboa e Porto.

PUB

O grupo de construção Mota-Engil já confirmou as buscas fiscais e judiciais em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O conselho de administração da empresa referiu também que desconhece «a matéria de facto» que levou às buscas, mas que os responsáveis da empresa «prestaram toda a colaboração necessária e ao seu alcance».

A Soares da Costa foi também alvo de buscas no âmbito de um processo judicial, facto que a própria empresa confirmou em comunicado oficial, adiantando que estavam relacionadas com operações realizadas em 2004.

Em causa estarão alegadas suspeitas de práticas de evasão fiscal no âmbito da Operação Furacão, segundo informações divulgadas por vários jornais nos últimos dias.

Os inspectores da Direcção-Geral de Contribuições e Impostos estarão a cruzar os dados das finanças com os dados das contas bancárias das empresas alegadamente envolvidas.

PUB

Relacionados

Últimas