Criada em Janeiro, para centralizar e acelerar a regularização das dívidas à instituição, a nova direcção, da responsabilidade da administradora Celeste Cardona, analisou casos de créditos vencidos correspondentes a 34,75 milhões de euros.
Com actividade inicialmente dirigida apenas a clientes de crédito à habitação e nas zonas mais críticas do país, a nova direcção alargou nos últimos dois meses a intervenção ao resto do país e já a alguns clientes empresariais, segundo a mesma fonte.
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De Janeiro a Agosto, e actuando ainda só junto de clientes de crédito à habitação, a Direcção de Recuperação de Crédito (DRC) tratou quase oito mil clientes, envolvendo responsabilidades num montante de 446 milhões de euros e créditos vencidos no valor de 34,754 milhões de euros.
Destes casos, foram regularizados e devolvidos à rede comercial 2.651, com responsabilidades no valor de 109 milhões de euros, 1.058 foram enviados para cobrança coerciva e os restantes estavam ainda em análise.
A DRC privilegia soluções como rever o período de carência, os deferimentos dos prazos dos contratos de concessão de crédito ou até estudar a desenvolver uma solução à medida, mas não exclui o recurso à via judicial.
O tratamento de casos de empresas começou há cerca de três meses, não estando ainda disponíveis dados sobre estas situações, mas «algumas já foram regularizadas» segundo a mesma fonte.
Até final deste ano, a DRC quer eliminar o «stock» de processos de crédito à habitação com mais de três prestações em atraso, para no início de 2006 alargar a actuação aos produtos de crédito ao consumo.
No segundo semestre de 2006, o objectivo é passar a abranger também o universo dos clientes empresariais com responsabilidades de crédito superiores a 250 mil euros e atrasos nos pagamentos de mais de 90 dias.
Com a centralização numa estrutura única de um serviço até agora prestado pelas agências, a CGD procura acelerar o recebimento ou a regularização das dívidas, negociando directamente com os devedores, sejam empresas ou particulares.
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