A CGTP considerou hoje que o possível encerramento da fábrica da Opel na Azambuja demonstra o incumprimento por parte de algumas empresas sedeadas em Portugal dos «compromissos assumidos com o Estado e a sociedade».
«Não são os trabalhadores o obstáculo à permanência das empresas, mas sim a falta de compromissos das empresas com o Estado e a sociedade», disse o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, à saída de uma audiência com o primeiro-ministro, José Sócrates, que esta quarta-feira ouviu os partidos e os parceiros sociais sobre a agenda da reunião de Chefes de Estado e de Governo da União Europeia, na quinta e sexta-feira.
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Para impedir que grandes multinacionais como o construtor automóvel Opel possam «desarmar a tenda» é necessário que «o poder político tome a iniciativa» e que «os trabalhadores reajam».
A GM Europa admitiu recentemente o encerramento da fábrica da Azambuja, fundada em 1963, até ao fim do ano em curso e o jornal económico alemão Handelsblatt noticiou na segunda-feira que o grupo decidiu encerrar a unidade a 31 de Outubro, citando fontes empresariais.
A General Motors (GM) Europa, entretanto, adiou, sem dar explicações, as negociações sobre um possível encerramento da fábrica da Azambuja.
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