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Chefe de gabinete de Rui Rio está a ser investigado

O chefe de gabinete de Rui Rio na autarquia do Porto, Manuel Pinto Teixeira, e o presidente do Boavista, João Loureiro, estão a ser investigados no âmbito do processo Apito Dourado.

Segundo o «Jornal de Notícias», que diz ter tido acesso ao processo do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público do Porto, este órgão «vai averiguar separadamente alguns factos que constam na certidão remetida pelo MP de Gondomar relativamente ao caso Metro do Porto e Boavista FC e que não foram abordados no despacho de arquivamento conhecido há uma semana».

Em causa, escreve o jornal, estão «suspeitas que envolvem o Boavista Futebol Clube e a Câmara do Porto em redor da elaboração do Plano Director Municipal (PDM) e de negociações em 2004 para a cedência ao clube do Bessa de terrenos do INATEL propriedade do Estado».

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O envolvimento do chefe de gabinete de Rui Rio no Apito Dourado surge na sequência de conversas com João Loureiro, que tinha o telemóvel sob escuta.

Pelo teor dos diálogos, o magistrado do MP de Gondomar entendeu haver indícios de crime de participação económica em negócio e de abuso de poder.

Tanto Manuel Pinto Teixeira como João Loureiro receberam, porém, há cerca de um mês, o despacho de arquivamento relativo ao processo da empresa do Metro do Porto, em que foram também ilibados Valentim Loureiro e dois construtores civis.

Mas, acrescenta do «JN», o DIAP não os notificou de que os factos relativos ao loteamento e urbanização dos terrenos do Boavista vão ser averiguados à parte, devido a aparente desconexão com o «caso Metro».

Tal decisão, constatou o «JN», está descrita no processo 1502/06, do DIAP, que reúne toda a documentação enviada pelo procurador-adjunto do MP de Gondomar, Carlos Teixeira, relativamente às suspeitas da Metro do Porto e terrenos do Boavista FC e PDM.

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Para Carlos Teixeira, estava em causa a actuação do responsável pelo gabinete da presidência da autarquia portuense em alegados favores ao Boavista FC, por presumíveis diligências com vista a obter a cedência, via Câmara, de um campo do INATEL, propriedade do Estado.

Também estavam em causa conversações sobre alterações ao PDM que permitissem ao Boavista construir nos terrenos do seu antigo campo de treinos.

Todavia, a cedência do terreno do INATEL não foi avante e a capacidade construtiva dada aos terrenos só foi possível por intervenção unânime da Assembleia Municipal do Porto, uma vez que o executivo de Rui Rio colocou-se à margem dessa pretensão.

Por estes factos, e por casos ligados ao futebol, João Loureiro foi interrogado pela Judiciária a 18 de Março de 2005, enquanto Manuel Teixeira foi constituído arguido a 28 de Março também de 2005.

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