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«Competitividade depende mais de criatividade que de recursos»

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Especialista de Inovação dá conselhos a Portugal

A competitividade de um país depende mais da criatividade humana do que do acesso a recursos naturais ou a boas localizações. Esta é pelo menos a opinião de Darius Mahdjoubi, especialista norte-americano na área da Inovação.

Em entrevista à Agência Financeira, o responsável fala das suas perspectivas acerca da evolução de Portugal e de como o país se pode tornar mais competitivo. Para além disso, dá ainda conselhos e demonstra como Inovação e Empreendedorismo são importantes na sociedade.

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Para Mahdjoubi não existe uma receita para a competitividade, mas saber o que o resto do mundo está a fazer e descobrir a melhor utilização dos recursos limitados de cada país é essencial para se ser criativo nesta área.

«Temos que saber que recursos naturais estão disponíveis, incluindo recursos humanos e de conhecimento. A partir daí, é preciso qualificar os trabalhadores e usar esses recursos da forma mais eficiente. Cada nação tem capacidades únicas e sustentáveis para se poderem distinguir. Em particular, a competitividade deve-se mais a criatividade humana que ao acesso a recursos naturais ou boas localizações», afirma.

«Mercado português estrangula número de empresas em crescimento»

Sobre o que Portugal e os seus empresários precisam, o responsável aconselha a uma maior criatividade e inovação nas suas áreas especializadas.

«Os portugueses não devem ficar agarrados ao mercado nacional para sempre. O mercado português é demasiado pequeno para permitir um vasto número de empresas em crescimento. Aprendam ao máximo com os outros e sejam criativos à vossa maneira», comenta.

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«Portugal avança a ritmo lento

O especialista considera que Portugal tem feito grandes progressos nos últimos anos, mas ainda assim diz que a velocidade com que este processo está a ser feito está «longe da desejável». A razão: «o país esteve demasiado tempo isolado e deixou-se ficar para trás». Por isso mesmo, acredita que o maior desafio que Portugal enfrenta, no curto prazo, é a mudança institucional. «Deve criar um ambiente de inovação e criatividade, mas ao mesmo tempo ser tolerante com os falhanços recentes», remata.

Darius Mahdjoubi sublinha que é na inovação e no empreendedorismo, que não estão limitados às novas tecnologias, que estão as fontes para novos postos de trabalho, crescimento de negócios e desenvolvimento económico. «Também aqui não há receitas, mas é preciso muito esforço e tolerância para um empreendedor permanecer persistente», termina.

De referir que o especialista vai estar brevemente em Portugal na Feira da Inovação, uma iniciativa organizada pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) e pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI), da qual a Agência Financeira será o «media partner». O encontro, que vai ter Mahdjoubi como orador principal, decorre no próximo dia 28 de Fevereiro, no Centro de Congressos de Lisboa.

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