O mercado do crédito ainda não engatou a marcha-atrás, mas está a travar afundo. Em Junho deste ano, os empréstimos concedidos em Portugal aos segmentos de particulares e empresas desacelerou fortemente. De um crescimento de 4,5% em Maio, passou para outro de apenas 3,6%.
O aumento do crédito às empresas diminuiu de 7,1% em Maio para 5,4% em Junho e nos particulares também se registou uma travagem: de 2,5 para 2,2%.
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Tanto o crédito à habitação como o crédito ao consumo e para outros fins, contribuíram. No caso dos empréstimos para comprar casa, desaceleraram duas décimas, de 2,7 para 2,5%, enquanto que os empréstimos para financiar o consumo cresceram 1,3%, após uma subida de 1,9% em Maio.
Uma tendência que não está a acompanhar a maior facilidade com que os bancos estão a aceder ao crédito, já que os empréstimos bancários a instituições financeiras não monetárias aumentaram de 5,3 para 7,1%.
Recorde-se que o Banco Central Europeu (BCE) tem apelado aos bancos para que concedam empréstimos e o a própria instituição monetária está a emprestar aos bancos todo o dinheiro de que necessitem, a uma taxa historicamente baixa de apenas 1%.
Esta sexta-feira o Citigroup alertou que a crise do crédito pode regressar em breve, com os bancos a ignorarem os pedidos de empréstimos. Uma situação que, adverte o banco, pode travar a retoma económica na Zona Euro. É que sem crédito, o consumo e o investimento empresarial não vai para a frente.
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