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Crise hipotecária: o que pode acontecer?

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Os especialistas estão divididos quanto aos efeitos que toda esta crise hipotecária pode ter na economia real e na vida de cada um de nós. Por isso, o ActivoBank7 analisa os vários cenários possíveis.

Até agora, os efeitos económicos da crise no mercado de crédito subprime têm sido limitados ao mercado imobiliário residencial norte-americano e à falência de 110 empresas especializadas em crédito a este segmento desde o final de 2006, sendo ainda imprevisíveis os impactos directos no sistema financeiro internacional.

Crédito mais caro e mais difícil?

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O receio de alguns analistas e investidores prende-se com a eventual iminência de um credit crunch, ou seja, de que o sistema financeiro venha a limitar de forma significativa a concessão de crédito a particulares e empresas, mesmo os que oferecem bom risco, aumentando em simultâneo os spreads aplicáveis (ou seja, os diferenciais sobre a taxa de juro de mercado).

Por outras palavras, o crédito pode tornar-se mais caro e difícil de obter, o que poderá ter um impacto negativo na confiança dos consumidores (gerando quebras do consumo), bem como na expansão do negócio das empresas (incluindo a actividade de fusões e aquisições).

Ainda assim, a generalidade dos operadores de mercado é de opinião que, na presente situação, as restrições à concessão de crédito não serão suficientes para pôr em causa o crescimento económico mundial.

Bancos Centrais serão decisivos

A atenção dos investidores estará agora concentrada no comportamento dos principais Bancos Centrais, no sentido de saber se, para além das intervenções pontuais para garantir liquidez ao mercado, estarão dispostos a alterar a sua política monetária, no sentido de descer (no caso da Fed) ou interromper a subida (no caso do BCE) das suas taxas de juro de referência.

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É um tema que divide opiniões, considerando alguns que a alteração da política monetária em função da crise no mercado subprime não iria penalizar suficientemente as entidades que revelaram um comportamento menos responsável em todo este processo.

Afinal em que ficamos?

Para o ActivoBank7, os factores de suporte ao mercado accionista mantêm-se largamente inalterados: os resultados das empresas continuam a superar as estimativas, as valorizações das cotações estão abaixo da média histórica, os Bancos Centrais continuam a garantir liquidez ao mercado e a economia continua a crescer bem, com baixos níveis de inflação e elevados níveis de emprego.

Tal como aconteceu em correcções anteriores, o banco acredita que os fundamentais se irão sobrepor aos receios dos investidores. «Apesar de se esperar a continuação da volatilidade, os mercados terão tendência a normalizar nas próximas semanas», dizem.

Sendo impossível prever com exactidão o ponto de inversão dos mercados, o banco aconselha os investidores a manter as suas carteiras adequadamente diversificadas pelas diversas classes de activos, em função do seu perfil de risco e objectivos de investimento.

E como uma ameaça pode ser sempre uma oportunidade, «esta poderá ser uma boa altura para aproveitar alguns dos preços em saldo, em particular de empresas de elevada capitalização que tenham sido injustamente penalizadas pela recente correcção», concluem.

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