Segundo o presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), os stands de usados têm excesso de stock, que não conseguem escoar, por não haver procura. «O excesso deve rondar agora os 200 mil carros», disse.
É que, a adicionar à elevada taxa de importação, em Portugal, por cada 100 carros novos que se vendem, 70 usados são entregues aos stands para retoma. Por exemplo, em 2005, foram vendidas cerca de 200 mil novas viaturas. Em troca, os stands retomaram 140 mil usadas. Mas há também que referir que, no ano passado, cerca de 25 mil dos carros vendidos foram para rent-a-car, o que significa que, em breve, estarão de volta à venda no mercado, como usados.
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O problema é que a procura não tem acompanhado a crescente inundação de carros usados. No primeiro trimestre deste ano, as vendas de carros novos caíram 2,2% (por cento) em Portugal, mantendo-se a quase estagnação dos últimos anos. O mercado de usados, embora não existam dados oficiais em Portugal, não tem conseguido um comportamento melhor.
«É muito difícil compilar os dados, até porque é preciso percorrer as conservatórias e eles pedem um bom dinheiro para disponibilizar os dados», diz.
O resultado é que muitas empresas fecham portas e muitas outras acabam por ser compradas pelos grandes grupos, como a Santogal ou a Salvador Caetano. E mesmo estas, só «vingam» porque agregam cada vez mais ramos de negócio, como a assistência, as peças, etc.
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