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Crise: portugueses cortam nas prendas de Natal e correm aos hipers

Dinheiro da poupança vai para a ceia de Natal e festa de fim de ano

A actual situação de crise, marcada por uma forte incerteza quanto ao futuro, está a deixar os portugueses mais prudentes nas suas decisões de consumo. Para esta época natalícia, as despesas com os presentes vão ser cortadas, de modo a canalizar o dinheiro extra para as iguarias da ceia de Natal e para as festividades de fim de ano.

De acordo com a 11.ª edição do estudo de Natal da Deloitte, estima-se uma quebra de 4,8% nas despesas das famílias portuguesas, face aos gastos efectuados no ano transacto.

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Para 93% dos portugueses, a economia está hoje em recessão, em comparação com 69% no mesmo período do ano passado. A maioria dos portugueses também prevê que este cenário vai agravar-se em 2009. De facto, 77% dos inquiridos declararam que têm hoje um poder de compra inferior ao ano passado e que o rendimento disponível para as compras de Natal é igualmente mais reduzido. Neste cenário, «os portugueses pretendem adquirir presentes mais úteis e estarão muito atentos às promoções efectuadas nesta época do ano».

Preferem gastar mais tempo e menos dinheiro

De acordo com o estudo, os portugueses irão evidenciar uma postura conservadora e prudente, e revelam estar dispostos a gastar mais tempo à procura da melhor solução em termos de preço de forma a não ultrapassarem o orçamento definido para as compras deste Natal.

O estudo de Natal da Deloitte sugere ainda alterações nos locais de compra de alimentos para as festividades, com uma maior propensão para os hipermercados, supermercados e lojas hard discount (preços baixos), em detrimento das lojas tradicionais.

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Crianças à prova de crise

As crianças não serão afectadas pela crise, não se estimando um decréscimo dos presentes atribuídos pelos adultos. Os brinquedos electrónicos serão bastante procurados, pelo que a expectativa de comportamento deste mercado pode ser encarada com optimismo.

Entre as conclusões do estudo, consta ainda uma segundo a qual os portugueses pretendem equilibrar o orçamento global, gastando menos em presentes, utilizando o dinheiro extra para comprar alimentos para as festividades de Fim de Ano.

«Gastar menos em presentes provavelmente não quererá dizer oferecer menos presentes caros, o que pode ter um impacto positivo em certos segmentos de retalho, tais como grandes lojas de electrodomésticos, artigos de luxo e produtos de marca», refere a Deloitte.

Apostas certas podem «salvar» a época para alguns comerciantes

«2008 irá marcar uma mudança significativa nos gastos de Natal e Fim de Ano na Europa. Os retalhistas podem contar com índices de venda inferiores aos registados nos últimos anos, exemplo do que aliás irá suceder em Portugal», considera o partner da Deloitte responsável pelo sector de Consumer Business, Luís Belo.

No entanto, salienta que «alguns retalhistas ainda podem obter resultados positivos desde que consigam responder às expectativas dos consumidores e disponibilizar produtos práticos e com boa relação preço/qualidade em vez de produtos supérfluos e mais dispendiosos».

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