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Cristiano Ronaldo leva YDreams para a China

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O mercado chinês é difícil para as tecnológicas estrangeiras, mas o sucesso da YDreams prova que é possível encontrar o rumo certo.

Quando a YDreams lançar o jogo Cristiano Ronaldo Underworld Football no mercado chinês, em Março, o rosto do futebolista português já não estará em todas as latas e garrafas de Coca-Cola vendidas no país. Mas esteve, durante vários meses, e a notoriedade alcançada pelo desportista deverá lançar o jogo de telemóveis da YDreams e Gestifute para o top dos mais procurados, refere o «Diário Económico».

É isto que espera António Câmara, administrador-delegado da YDreams, que acabou de formalizar uma joint-venture com o grupo chinês NDD, denominado «YMeng» («meng» significa «dream» em mandarim). Só a área de jogos móveis irá render cinco milhões de euros à empresa em 2007, representando a maior fatia das operações que a YDreams tem na China.

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A solidez alcançada demorou, no entanto, mais que o previsto. A YDreams não contava com as dificuldades que encontrou, mas conseguiu gerir o investimento iniciado em 2003 sem perder dinheiro.

Há outros exemplos de empresas tecnológicas portuguesas a singrar no mercado chinês, e todos têm como denominador comum o facto de a entrada ter sido feita com apoio em parcerias. Algo que companhias como o Google, a eBay, a Microsoft e a Yahoo aprenderam a custo e só depois de perder muito dinheiro.

«O mercado chinês não é pequeno nem fácil», adverte Pedro Vieira, da consultora especializada na internacionalização de negócios Market Access.

Embora as oportunidades sejam «imensas em todos os sectores», o consultor explicou ao «Diário Económico» que o sucesso ou insucesso de um empreendimento não depende do tipo de produtos, mas sim da competitividade das empresas.

Acresce que a explosão tecnológica na China é acompanhada de uma persistente resistência a players estrangeiros que entram sozinhos ou sem contactos com o Governo.

António Câmara confirma esta ideia de que «a abordagem colonial das grandes empresas está condenada» e que não há hipótese de sucesso sem parceiros chineses. A sólida rede de contactos terá sido o «grande triunfo» da tecnológica portuguesa. Os resultados falam por si e indicam que a China irá representar este ano 15% do total do negócio (30 milhões de euros).

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