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Critérios apertados barram acesso dos imigrantes ao crédito

A CGD lançou em Junho passado um produto para imigrantes. Mas até agora, ainda não emprestou dinheiro.

Um protocolo de microcrédito assinado com o Serviço Jesuíta para os Refugiados, no valor inicial de 250 mil euros, tem como objectivo promover e facilitar o acesso a empréstimos bancários a refugiados e imigrantes. No entanto, até agora nenhum crédito foi concedido.

«Esta linha de microcrédito destinada a apoiar a criação de auto-emprego e pequenos negócios, contribui também para a integração social deste segmento da população que ganha cada vez maior relevância no nosso país», explicou fonte oficial da CGD à «Agência Financeira».

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As razões para que nenhum empréstimo tenha sido concedido são simples: as propostas dos imigrantes não conseguem cumprir as condições impostas pela CGD. Do lado do banco, fonte oficial explica que os projectos que chegam ao Serviço Jesuíta aos Refugiados não passam sequer pela triagem que o mesmo faz, porque não reúnem as garantias impostas, ou têm um endividamento excessivo implícito, mas garante que alguns dos projectos estão a ser alterados pelos imigrantes interessados, para se recandidatarem.

Apesar de nenhum crédito ter ainda avançado, «à agência da CGD no Centro Nacional de Apoio ao Imigrante e ao Serviço Jesuíta aos Refugiados têm chegado muitas propostas de investimento».

Já Susana Figueirinha, do Serviço Jesuíta aos Refugiados explica que «até agora não conseguimos que nenhum projecto fosse financiado. Estamos à espera de resposta para um projecto, temos mais dois possíveis candidatos, mas os outros dois que já foram propostos ao banco, foram recusados. Um deles porque a pessoa em questão tinha dívidas ao banco de um crédito à habitação, ou seja, prestações em atraso, e o outro porque o banco considerou que o projecto não tinha garantias suficientes».

Os empréstimos, com um mínimo de 500 euros e um máximo de 7.500 euros, podem ser reembolsados num prazo até 36 meses, com condições especiais. «A taxa de juro é baixa, tendo em conta a natureza do crédito», garante fonte da CGD.

Este protocolo deveria «permitir o acesso ao crédito por parte de um grupo de pessoas com maiores dificuldades económicas, contando com o apoio do Serviço Jesuíta aos Refugiados na gestão da linha de financiamento. Assim, a CGD alia-se a um parceiro que tem grande proximidade junto da comunidade imigrante, contando com a sua cooperação na concessão e gestão de crédito que venha a conceder ao abrigo do protocolo», acrescenta a mesma fonte.

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