As três principais petrolíferas a operar no mercado português aumentaram esta semana novamente os preços. A primeira foi a Galp, líder de mercado, onde o diesel custa agora 1,014 euros, num aumento de 1,6 cêntimos.
As gasolinas da Galp ficaram também 1,2 cêntimos mais caras, na passada quinta-feira, sendo que a gasolina sem chumbo de 95 octanas passa a custar 1,249 euros por litro, enquanto a gasolina sem chumbo de 98 octanas passa a custar 1,314 euros por litro.
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Na sexta-feira a Repsol seguiu-lhe os passos e a gasolina sem chumbo de 95 passou a custar 1,247 euros por litro, traduzindo uma subida também de 1,2 cêntimos. Já a gasolina sem chumbo de 98 passou para 1,309 euros por litro, mais 1,4 cêntimos, e o gasóleo 1,012 euros por litro, aumentando, assim, 1,6 cêntimos.
A BP também não escapou à tendência e subiu as gasolinas em 1,2 cêntimos para 1,247 euros no caso da de 95 octanas e para 1,377 euros no caso da de 98 octanas. O gasóleo ultrapassou a barreira psicológica de 1 euro por litro, ao aumentar de 0,998 euros para 1,014 euros, uma subida de 0,016 euros.
O motivo apontado para estas subidas é o aumento da matéria-prima, que representa cerca de 40% do preço final. Assim sendo, e previstos que estão novos aumentos no preço do crude, os portugueses podem esperar, sem grande margem de erro, novos aumentos, e consideráveis, no preço dos combustíveis, até ao final deste ano.
O peso dos impostos (IVA + ISP) representou no ano passado, no caso do gasóleo rodoviário, 55% do preço final médio de venda ao público. No caso da gasolina de 95 octanas, representou mesmo 66,5%. Valores que, este ano, estão ainda mais altos, se tivermos em conta que o ISP foi este ano actualizado em 2,1% e o IVA passou de 17 para 19%. São revisões em alta que representaram para o Governo um encaixe adicional de 300 milhões de euros.
Daqui não devem vir mais boas notícias. A prova disso mesmo é que a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) diz já que o aumento no preço do gasóleo, desde o início da liberalização em Janeiro de 2004, provocou um aumento de custos nas empresas do sector superior a 540 milhões de euros. Contas feitas, os custos de exploração das empresas subiram quase 16%, levando as empresas a operar com margens negativas na ordem dos 4,1%. O que quer dizer que estão a praticar preços que não lhes permitem cobrir na totalidade os custos de operação. Premissas que tornam o aumento dos preços dos serviços de transporte inevitável.
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