O défice orçamental português vai crescer para 3% no ano que vem, face aos 2,2% que deverão registar-se este ano e que se previam, até agora, também para 2009, admitiu o primeiro-ministro.
O Chefe do Governo, que falava na conferência de imprensa que decorreu após a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, admitiu que o défice ficará assim acima do anteriormente previsto, devido às medidas acrescidas que o Governo acaba de aprovar para combater os efeitos negativos da crise no País.
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José Sócrates admitiu que o efeito negativo da crise «é forte» e que este «esforço adicional» será positivo para o País. O primeiro-ministro admitiu que há já várias semanas que o Executivo estava a trabalhar nestes planos, mas esclareceu que os mesmos só agora foram aprovados e apresentados porque «este é o momento certo», disse, lembrando que apenas na sexta-feira é que a União Europeia aprovou o plano global contra a crise a nível europeu.
«É um esforço adicional, feito ao mesmo tempo que o dos outros países europeus. Não fazia sentido que Portugal fosse o único país a actuar. Este plano é articulado com outros países e por isso vai funcionar melhor», acrescentou.
As medidas implicarão uma revisão das previsões do Governo, e o primeiro-ministro anunciou que vai «apresentar em breve na Assembleia da República os novos números».
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