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Défice possível à custa da subida do IVA

O Governo de José Sócrates só conseguiu assegurar o défice de 6% em 2005 à custa da subida do IVA e da quebra dos salários reais da Função Pública.

Segundo Francisco Louça, o líder do Bloco de Esquerda, «era de esperar que, depois de se registar um défice extraordinariamente elevado no ano passado, o aumento do IVA e a quebra dos salários reais da função pública pudessem ajudar a diminuir o défice", afirmou Francisco Louçã, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou hoje que o défice público português ficou em 2005 nos 6% face ao Produto Interno Bruto (PIB), em linha com o previsto pelo Governo.

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Inicialmente, o valor do défice previsto era de 6,2%, mas a revisão em alta do PIB pelo Instituto Nacional de Estatística colocou a previsão do défice nos 6%, ou seja, exactamente o valor que hoje foi anunciado.

«Bem pode o Governo embandeirar em arco, as verdadeiras contas que contam para os portugueses são as do aumento do desemprego e da pobreza, num país que não cresce mas com uma Europa a progredir», salientou o líder do Bloco de Esquerda.

Louçã considerou ainda que o Governo não se pode congratular com este número, «uma diferença estatística de duas décimas» em relação ao valor inicial, quando a concretizarem-se as OPA (Oferta Pública de Aquisição) em curso sobre a PT e o BPI «vai perder em receitas fiscais mais de 2,5 por cento do PIB».

O défice relativo ao Orçamento do Estado de 2005 foi apurado pela equipa de técnicos do Ministério das Finanças, do Banco de Portugal e do Instituto Nacional de Estatística (INE).

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